Essa semana fui no meu emprego que sai no inicio desse mês receber recisão... Fica numa cidade pequena de gente amistosa e receptiva chamada Casimiro de Abreu.
O que vai ficar desses 7 meses em Casimiro é um saudade grande e deliciosas lembranças de uma gente muito bonita no sentido mais amplo que a palavra pode alcançar.
No caminho pra Casimiro eu passava por dois vilarejos, Professor Souza e Rio Dourado... Sempre que passava por Rio Dourado tinha um homenzinho, um anão mesmo, sentado num banquinho em baixo de um árvore segurando uma bengala... Qdo fui receber minha recisão, como foi fora do horário normal, achei que não estaria lá.. Mas me enganei, o homenzinho estava.
Ele estava assim como a igreja estava no centro da praça, como as pessoas iam trabalhar no PJ (o principal comércio da cidade), como o burro que fica amarrado numa árvore próxima a linha do trem tb estava.. Tudo estava no lugar.... Como se estivessem me esperando.
No meu trabalho equipe e assistidos estavam lá e me receberam com um largo sorriso.. Na hora de ir era almoço, faziam galinha ensopada com aipim, insistiram pra que almoçasse com eles e eu, naturalmente, provei do gosto de Casimiro pela última vez.
Casimiro é daqueles lugares que reforçam a certeza que a beleza da vida está na simplicidade de todas as coisas... E até eu, que sou meio ogro, que não sou muito fã de poesias e firulas para narrar a imagem que está diante da janela me sinto convidado a ser mais terno com o uso das palavras qdo preciso me despedir de Casimiro...Não escrevi um soneto, nem contei estrofes ou sílabas, mas pintei e expus meus sentimentos com algo de vintage na tentativa de fazer a narrativa tão bela, mágica e doce tal como é a Casimiro, a cidade que leva o nome de um poeta e é por si só, uma grande poesia.
Adeus, Casimiro!!!