16.1.25

O Derretimento de Emília Perez


 

Ele surgiu como uma das maiores promessas da temporada e não brincou em serviço, o filme de língua não inglesa que mais disputa prestigio com o "Ainda Estou Aqui", sem nenhuma sombra de dúvidas é Emília Perez e verdade seja dita ele emplacaram muito mais que nós. Concorreram a várias categorias no Critic Choice Awards, furaram a bolha do SAG, foram um os mais premiado no globo e seguem sendo nosso maior calo no sapato. Batendo de frente com Fernanda Torres, Karla Sofia Gascón traz consigo o up grade de ser a primeira mulher trans em várias premiações, numa época em que as academias buscam valorizar diversidade e embora Fernanda tenha se dado melhor no globo se analisarmos a temporada como um todo, Emília Perez tem se dado muito melhor.

Não tem como negar que de fato a produção é mais robusta, vide a contratação de Selena Gomez como atriz, além de tratar-se de um filme francês, que possui uma das industrias cinematográficas mais robustas do mundo, mas o mar de rosas virou um tsunami após a aclamação do filme no globo, onde ele foi um os mais premiados, com 04 estatuetas nas categorias de filme de língua não inglesa, filme de comédia ou musical, canção e atriz coadjuvante. O reconhecimento não agradou em nada os países latino americanos, sobretudo o México, país em que o filme é ambientado.

As polêmicas são diversas, primeiro por se tratar de um filme todo falando em espanhol e inglês com um diretor que só fala francês. Jacques Audiard (diretor do filme) gravou tudo nos arredores de Paris e em entrevista declarou que pesquisou pouco sobre o país por que o que ele precisava entender ele já sabia um pouco. O resultado disso foi uma visão estereotipada do México na tratativa de um assunto absolutamente sensível que é o desaparecimento de pessoas em massa. 

As polêmicas não acabam por aqui a diretora de elenco declarou que após audições no México e em outros países latinos optou por atrizes americanas com ascendência latina e a protagonista uma espanhola. O sotaque de Selena Gomez gerou incomodo por que embora a atriz seja de descendência hispânica ela não fala espanhol. Não é muito difícil ser empático com os mexicanos, basta imaginar um filme que se passa no Brasil gravado na Europa, com um ator português como protagonista e atores americanos nos papeis principais. Ele também é acusado de transfobia quando liga a transição de gênero a clandestinidade e exotização.

As críticas são muitas e bastante pesadas, eu enquanto expectador confesso que achei o filme, como minha avó diria, um "boi com chuchu". Tem boas atuações, uma boa produção, mas um roteiro completamente "nada com nada".

 Spoiler__________________________________________________________________

Um chefe de um cartel de drogas sequestra uma advogada pra ser sua mediadora em uma transição de gênero, muda de gênero na Tailândia, desaparece, volta atrás de sua advogada para se reaproximar da ex mulher e filhos na condição de prima do pai da criança, depois resolve abrir uma ONG para buscar pessoas desaparecidas, vira uma filantropa, num dado momento a ex mulher que ir embora com as crianças, ela tenta impedir, a mulher sequestra ela e zas... Honestamente: Pra mim é melhor pouca coisa que Mutantes Caminhos do Coração, falta pouco aparecer OVNI, dinossauros e etc.

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A boa notícia disso tudo é que se a academia endossar a essas crítica, que não está sendo feita apenas nas redes sociais, mas por diversos setores da mídia latino americana, por artistas, intelectuais e etc, nosso filme aumenta significativamente suas chances. Ainda acho que Fernanda Torres vai ter um grande desafio diante da gigante que foi Demi Moore em "A Substância", mas se antes eram duas pedras no sapato, agora é uma.

O Le Monde essa semana fez uma crítica absolutamente injusta a atuação de Fernanda Torres, claro que o crítico estava aí cumprindo seu papel de criticar, mas vindo de um periódico francês, não tem como a gente não olhar com certa antipatia pro comentário, afinal estamos falando de mais uma vez um país Europeu tentando lucrar usurpando a américa latina. 

A data de indicação do Oscar foi adiada em função dos incêndios na Califórnia, até isso de certa forma não deixa de ser favorável por que quanto mais o tempo passa, mais Emília derrete. O diretor anunciou que vem ao Brasil fazer divulgação do filme, vou acender uma vela pro anjo da guarda dele! Tá nas mãos de Deus!

15.1.25

BBB 25 - Vai ou racha?

 


Nos tempos áureos desse blog você tinha uma boa cobertura de reality shows, fiz edições e mais edições, sobretudo do BBB e da Fazenda (esse nem vejo mais). Numa época em que muito mais pessoas torciam o nariz por serem programas extremamente populares, volta e meia eu lia de amigos blogueiros que vinham aqui me ler diante de qualquer polêmica por saber que eu assistia e confiarem nos meus posicionamentos. Um orgulho pra mim!

Todavia em 2025 se acompanhar já é difícil, quiçá escrever todos os lances, mas resolvi postar umas apostas iniciais e se rolar tento trazer um post ou outro. 

Penso que a direção do BBB sofre grandes desafios pra permanecer atraente enquanto entretenimento, na sua vigésima quinta edição há uma dificuldade real de encontrar participantes genuínos e/ou espontâneos, as pessoas vão com estratégias prontas, sabendo bem o que devem ou não devem falar, boa parte delas com equipes de marketing  trabalhando na tentativa de ganhar a narrativa sobre suas personas. Em 2025 a edição (que foi o grande expoente da manipulação do programa durante anos, construindo vilões e mocinhos), disputa espaço com as grandes páginas de fofoca na internet que passam o dia lançando cortes. Em geral, na hora que vc vai ver o programa, tudo de mais pertinente que rolou no dia você já viu pelas redes sociais. No fim, ainda que você não assista o programa de forma ativa, certamente o fará de forma passiva, por que ele salta na tua tela.

Além disso as pessoas já sabem que o premio é uma pequena fagulha da grana que elas podem fazer, elas precisam aparecer, precisam do famigerado tempo de tela. A expressão diz do quanto você é capaz de falar ou fazer coisas que te deixam em evidência, que gere bons cortes pras redes sociais ou que a edição do programa mostre falas suas, num universo de 24 pessoas que tem sua rotina apresentada pelo período de mais ou menos 40 minutos.. 

Acho que a globo faria do prêmio infinitamente mais atraente se o vencedor ganhasse um contrato com a  emissora que incluísse um programa na globo play, uma quadro no fantástico, participação em programas e outra coisas que dessem um lugar de evidência, isso seria de fato a garantia de que ele seria a figura mais beneficiada do programa, pq verdade seja dita, determinados vencedores não só caem no ostracismo, como também tornam-se figuras impopulares.

As dificuldade não acabam por aqui, o controle das eliminações, me parece um dos maiores desafios. Antes de falar sobre isso vamos organizar a trajetória do programa. O BBB teve seu apogeu na primeira década, com edições muito icônicas e que mobilizaram o país. Na década de 10 ela começou a encolher, cada vez menos, a cada edição. Até vir a edição de 2020, com a pandemia, um planeta em confinamento, assistir as festas, as pessoas se abraçando, sorrindo, parecia ser um balsamo no meio da tempestade. Soma-se isso a uma boa edição e um bom casting. Deu muito certo e o BBB 21 foi pelo mesmo caminho, todavia a gente começava a ver aqui uma movimentação externa de torcidas e equipes de marketing que tirava a narrativa de uma forma tão eficiente da mão da emissora que conseguia definir os vencedores.

Em 2020 Manu Gavassi foi pioneira na estratégia ela fez mais de 150 vídeos para todas as ocasiões possíveis de dentro do jogo (anjo, líder, paredão e etc)  e ela combinava as roupas que usava na semana na casa com as roupas do vídeos. Ela foi gênia, conseguiu controlar a narrativa sobre si mesma e foi até a final do programa.  Em 22 Tiago Leifert deixa a atração e o programa passa a ser apresentado por Tadeu Schmidt, aqui o BBB reencontra sua rota de colisão para baixo. 


Manu Gavassi em um do seus vídeos publicado quando estava na casa



Arthur Aguiar ganha o programa tendo muita antipatia de muita gente, mas com sua então esposa Mayara Cardi, controlando toda narrativa através das páginas de fofoca e engajando uma torcida dedicada. Reza a lenda que Mayara gastou mais com essa movimentação do que o próprio prêmio do programa. Na edição seguinte as coisas pioraram e pareciam ter saído do controle, o desespero da emissora era tão grande que até trazer participantes eliminados para casa de volta ela trouxe. De nada adiantou, no fim da história as quatro finalistas eram figuras totalmente sem expressão e Amanda, a vencedora da edição, é alguém que em geral ninguém se lembra e isso tem apenas dois anos.


A emissora então resolveu arregaçar as mangas e fazer alguma coisa, mudou o sistema de votação, a partir de uma média ponderada, você tem um voto único por CPF que tem um peso maior e um voto de torcida que você pode votar o quanto  quiser com peso menor. Uma tentativa de diminuir a força das torcidas mobilizadas nas redes sociais. 

Com a estratégia a emissora conseguiu efetivamente ter um vencedor que representava o desejo da maioria das pessoas. Davi Brito foi muito eficiente fazendo o arroz com feijão dos vencedores de BBB. Primeiro sendo vítima, e é importante aqui destacar que eu não acho que ele se vitimizou, na verdade acho que ele nem tinha dimensão do quanto o público o percebia dessa forma . Davi realmente viveu de forma muito ilustrativa o que chamamos de racismo estrutural, ele foi vítima de um racismo e elitismo brutal. E também foi muito eficaz em fazer barraco e se colocar muito em evidência, montar em cima do tal tempo de tela e domar ele. Saindo da casa sua personalidade controversa fez com que ele perdesse muita popularidade, mas no jogo teve uma vitória merecida. 

Mas por que mesmo com os votos ponderados e sem uma acessória de marketing já pré brifada, venceu? O grande x da questão é que o expectador do BBB em períodos de uma polarização cultural, tá muito viciado num modus operandi que endeusa certas figuras e vilaniza qualquer pessoa que tenha uma mínima indisposição com ela. No BBB 21 a gente já começava a ver esse movimento, Gil do Vigor foi um daqueles personagens que levou a edição nas costas, mas não chegou a  final por que a torcida aguerrida de Juliete via nele uma ameaça. No do Arthur Aguiar foi a mesma coisa, bastava alguém ter qualquer conflito com ele que já era o próximo eliminado, na casa haviam dois quartos principais o dele e de seus aliados e um outro chamado Lollipop, toda eliminação saia alguém do Lollipop até o último membro. Depois foram saindo aqueles do próprio quarto do Arthur que o ameaçavam de alguma forma. O paredão da Linn da Quebrada foi bem marcante, por que ela não disputou com Arthur e nem com nenhum dos seus aliados e ela era bem mais popular que seus concorrentes, mas foi eliminada por que a torcida dele avaliava que ela seria um risco numa final. Na do Davi estava tão evidente que ele era o favorito que as pessoas dentro da casa percebiam isso, um jogo de carta marcada que torna o programa desinteressante tanto pra quem tá dentro como pra quem tá fora. 

Eliminação Linn da Quebrada



Os desafios não são poucos para direção, que ainda vai ter de lidar com a saída do Boninho, que dirigia o programa desde uma primeira edição e tinha muita cancha para lidar com isso tudo. Num primeiro momento me parece que as decisões do Dourado tem sido acertadas, mas a verdade é que a gente só vai saber disso quando a bola rolar no campo. Mas vamos as minha leituras sobre os acertos:

1 - A Dinâmica das Duplas



Essa é a primeira edição em que a pessoas entraram em duplas. Pai e filha, melhores amigos, sogra e genro, irmãos, temos várias configurações. O "Ilhados com a Sogra" um reality de formato brasileiro que tem feito muito sucesso na netflix mostra como tramas familiares podem  ser um bom combustível para o entretenimento. Inclusive no momento que vos escrevo, terceiro dia do programa, já recebo um vídeo de desentendimento entre Vitória Strada e seu amigo.  As duplas vão votar, serem votadas e eliminadas juntas até a metade do programa, depois a eliminação sempre representará uma separação, vejo bastante potencial nessa dinâmica.

2 - A Escolha do Casting


Vejo gente com potencial pra ser escrota, o que é bastante importante, por que precisamos de um vilão para dar uma aquecida e não vejo gente tão carismática que gere uma identificação imediata. Salvo a última dupla que entrou pra mim tá quase todo mundo no mesmo degrau, se você tem uma figura que arrasta multidões na primeira semana você condenou a edição.  No BBB4, por exemplo você tinha a figura da Cida que era uma babá em meio a um monte de patricinhas e play boys, com poucas exceções. No BBB6 Mara era uma senhora que morava no sertão nordestino e tinha uma filha PCD contra um monte de modelos e padrões. Essa distorção toda inclina o movimento das torcidas em massa pro óbvio.

3 - Os Camarotes



 
Aqui eu destaco basicamente Diego Hypolito e Graccyane Barbosa! Ele por ser uma figura controversa, gay que passou a vida toda na vitrine no armário, quando se assumiu o faz se dizendo evangélico, inclusive fazendo o namorado  se converter e durante a era Bostonaro tirou foto com ele, Micheque, Moro e os capeta tudo. Eu costumo dizer que o G é o chorume do LGBTQUIAPN+, se ele for branco, de classe média e heteronormativo tá pronto pra ser capitão do mato. A assessoria de Diego anda espalhando fotos dele com Lula aqui fora e hoje ele falou que em geral a comunidade não gosta dele por que ele foi obrigado a fazer coisas em função de patrocínio. Enfim, sonso! Por que se fosse só a foto de Bolsonaro eu podia até tentar engolir essa, mas uma foto com Michele dizendo que teve o prazer de conhecer uma cristã verdadeira, vai se fuder! Temos um vilão! 



Já Gracyanne, pra mim, foi o maior acerto, há muita mística em torno da figura da Gracyanne, seja por ela ter sido o pivô da separação de um casal amado pelo Brasil, seja pela sua recente separação com Belo, seja pelo seus vídeos polêmicos, seja pelo seu corpo. Eu diria que principalmente pelo seu corpo, todo mundo quer saber quantos ovos Gracyanne vai comer, se ela vai furar a dieta, dos peidos dela e principalmente se ela vai derreter, é uma curiosidade mesmo, quase um fetiche. A rotina e hábitos dela sozinhos já vão ser um entretenimento.

Então temos muitos pontos a favor! O que pode dar errado? Tudo! O casting é sempre uma aposta, tentar controlar a narrativa e apetite dos expectadores o maior desafio e a gente não sabe se vai rolar. BBB é um entretenimento de humanas, não é de exatas, não tem uma métrica que garanta nada, no fim você faz apostas e pra mim, até aqui, as apostas parecem bem acertadas, se vai funcionar ou não, só o tempo dirá!

5.1.25

E as gay do arpoador, hein!


2025 começou

A primeira fofoca de 2025 ocorreu no amanhecer da noite de réveillon, quando começou a circular no twitter (me nego a chamar de X, permaneço sendo resistência) sobre um grupo de aproximadamente 30 gays no arpoador, em Ipanema, se pegando em plena luz do dia. O bairro já amanhecia, com pessoas correndo na praia, indo a padaria, vivendo a vida e lá estava um coletivo de gays se beijando, se mamando, se punhetando etc e tals... Isso tudo logo após as promessas de um novo ciclo repleto de atividades físicas, comer melhor, investir em novos projetos e zas!


A verdade aqui é que não há nada de novo sob o sol (literalmente sob o sol), se você é de fora do Rio de Janeiro devo te informar que o Rio funciona da seguinte forma: Escreveu não leu, tem gay fudendo! Certa vez um amigo saindo de um lugar de pegação (madrugada) viu um cara na rua, começaram a se pegar, tava meio deserto a coisa começou a ficar caliente, um casal chegou do lado começou a se pegar, um outro cara apareceu entrou no meio do segundo casal e foi assim que no meio do nada aquele trecho da rua tornou-se um lugar de pegação, brotando mais e mais gente como num passe de mágica. Na parada do orgulho em copacabana é comum grupo de homens se pegando na praia (de dia)  tipo essa galera do arpoador só que de sunga (que eventualmente nesse momento acaba caindo)  e uns bugres da policia passando espalhado montinhos que vão se refazendo de novo. Um amigo que viu, certa vez, me falou que parecia ensaio pro clipe de "all the lovers" da Kylie Minogue




Eu poderia ficar horas aqui falando sobre tudo que rola no aterro do flamengo a qualquer hora o dia, no próprio arpoador e em muitos outros lugares da cidade maravilhosa, mas vou ser direto ao ponto. Esse é o eterno debate sobre o que pode e o que não pode acontecer no ambiente que é público. Por mais que pareça uma obviedade de que sim, ouve excesso, isso tudo é sempre relativo. Neste mesmo início de ano a pauta moral ganhou luz mais uma vez por que a atriz Cássia Kiss causou num supermercado em função de uma menina estar naquele ambiente com a parte de cima do biquíni e saída de praia, deu lá o show dela de bairrismo/elitismo/moralismo, mas por mais que ela tenha se tornado uma persona não grata e seja uma escrota de marca maior, Cássia Kiss não é a primeira nem a última pessoa do mundo a se incomodar com pessoas com roupa de banho em ambiente que não seja a praia.... Como tem gente que se incomoda com a nudez no carnaval, com topless na praia, com a pegação no banheirão, com casal beijando na boca de forma mais acalorada em público.

A história do arpoador foi tomando proporções tão grandes que a polícia civil tá abrindo um inquérito para identificar envolvidos e aí vocês vão me desculpar, ainda que eu admita que houve excesso eu não vou ficar engrossando o caldo de uma cultura que criminaliza o prazer e a liberdade dos corpos. É nessa mesma loucura que volta e meia uma mulher é presa por estar fazendo topless na praia, que surge o indecoroso botão "de conduta inapropriada" da smart fit, que na Nigéria (que tem duras leis para reprimir homossexualidade) 57 homens foram presos acusados de estar numa festa gay e que isso é apologia a práticas libertinas. 

Isso por que no Brasil para cada 08 estupros que acontecem 01 é cometido pelos cônjuges, que a violência sexual infantil acontece em 68% em casa por familiares e conhecidos... Ano passado o mundo ficou horrorizado com o caso de uma francesa que o marido dopou  e levou homens pra abusar dela por mais de 20 anos, com mais de 50 réus na porra do processo. Na última edição de casamento as cegas a participante Ingrid Santa Rita falou com seu agressor diante das câmeras que ela pediu pra ele não toca-la e ela abusava dela sexualmente com ela dormindo, o cara casado com ela.

Diante de tudo isso devo dizer que as manas pesaram um pouco a mão no after, perderam um pouco da noção, ficaram meio lokas no rolê, mas não esperem que eu trate com a seriedade de um crime, sexo consentido de gente adulta, aconteça onde acontecer. E pra você gay que tá me lendo e que concordou bem alto com a tua tia evangélica que tá errado mesmo, deixa eu te dizer uma coisa: 

Tem uma guerra lá fora e muito de quem criminaliza a festa do arpoador, também acha que sua existência deveria ser criminalizada. Te toca, gay!


"Close de bandida, Close de bandida
Defendo as afrontosas e também as oprimidas
Close de bandida, Close de bandida
Quero ver se encara essa gangue reunida!

 

Se o Close é pose, drink, jogo de aparência
Pra mim, estar no game é questão de sobrevivência
Mexeu com as manas, cê tá mexendo comigo
Eu não sou de confusão
Mas, se for pra brigar, eu brigo!

 

Tô avisando
Abre o olho, fica esperto
Que o jogo é perigoso
E aqui o Close é certo!"


Linn da Quebrada