Estávamos eu minha prima e amiga num intervalo do estudo falando sobre banalidades, e ao comentar sobre crises de relacionamento minha prima disse acreditar estar vivendo a crise dos sete anos. Minha amiga, toda psicóloga, começou a falar que essas crises previsíveis no que tange relacionamento são invenções e que não tem menor sentido ou embasamento, qdo bati na mesa e disse firme:
Tem sim, a crise dos dois, dos cinco e dos sete são liquidas e certas
Minha amiga arregalou o olho e eu continuei:
E digo mais, a crise de cinco é a de dois que volta com força e a de sete é por que houve tanta troca de ofensas nas anteriores que chega o momento da digestão.
Minha amiga ainda espantada balbuciou alguma coisa acerca do determinismo absurdo que havia na minha fala. Ela bem sabe que sou contra determinismos de uma forma geral e eu tb sei que não li isso em Lacan, Freud, Roger, Skinner e nem em lugar nenhum. Tb sei que não tem nenhum estudo que prove nada disso, mas eu acho que é assim e pronto. Ainda disse que 80% dos casais que passam de um ano de namoro terminam na crise dos dois, números feitos num estimativa da minha cabeça. E querem saber??? Acho ótimo que ainda haja espaço pra isso... Não me espantaria se alguém me falasse que Eisten n tomava manga com leite com medo de morrer e digo mais, acharia sorte a dele. Temos que dar espaço pra isso que não é positivista, nada mensurável, sem muitos critérios de avaliação. Baseado na sua vivencia, no que sua avó te dizia, no que ouviu nas conversas de bar, nos programas popularescos e por que não na nossa intuição.
Todos temos espaço pra isso, ou deveríamos ter, se alguém não tem deve ser demasiadamente chato... Essa amiga mesmo!!! Ela é inteligente, engajada, culta. Mas qdo o assunto é nordeste ou cultura nordestina de uma forma geral ela fala como se fosse uma cliente teen da daslu, filha de um senador do PSDB, que sonha em fazer economia na FGV. E brincando, com uma ponta considerável de verdade, desmerece toda uma riqueza em cultura e cores, se comporta como se desconhecesse a trama econômica e social que existe por trás das criticas que faz e se permite dessa maneira ignorar uma serie de conhecimentos de mundo que de fato ela tem.
Claro que para deixar essa tia doida falar dentro da gente precisamos saber a hora e local. Certa vez uma professora de orientação vocacional, mestra em psicologia, numa turma de graduação, discutindo sobre gênero, no calor da hora abre a boca e dispara
“Por que mulher qdo da pra ser safada é pior que homem”
Ao soltar a perola com tom de Márcia Goldshimit teve apoio da maioria das alunas (claro, nada mais machista que a mulher) enqto eu e uma amiga nos entreolhávamos boquiabertos com a declaração. Um outro amigo (que cursava psicologia, mas já era formado em direito e fazia mestrado sobre algo ligado a gênero) levanta a mão e diz que não é exatamente por ai, que a mulher devido a uma historia de opressão se viu no decorrer dos tempos tendo de desenvolver sua astúcia para que participasse das decisões, tendo como colateral uma cultura maniqueísta. A professora meio sem graça, cortou a efervescência da turma e pegou no gancho do colega, deixando a avó de lado e retomando a professora universitária. Eu até entendo que ela pense dessa maneira, mas precisa saber como se colocar e em quais circunstâncias.
Deixemos que isso que não é baseado em coisas palpáveis falar tb, não é difícil, é só permitir que saia aquele impulso que vem na sua boca de falar: “menino para com isso que se passar um vento vc fica vesgo pra sempre”. Afinal de contas quem não fica aflito com uma criança fazendo isso????
Para terminar deixo o vídeo de uma musica deliciosa chamada “três gotas de água bendita” na voz da inesquecível Célia Cruz e Gloria Estefan. Que tem tudo a ver com o assunto.
Tem sim, a crise dos dois, dos cinco e dos sete são liquidas e certas
Minha amiga arregalou o olho e eu continuei:
E digo mais, a crise de cinco é a de dois que volta com força e a de sete é por que houve tanta troca de ofensas nas anteriores que chega o momento da digestão.
Minha amiga ainda espantada balbuciou alguma coisa acerca do determinismo absurdo que havia na minha fala. Ela bem sabe que sou contra determinismos de uma forma geral e eu tb sei que não li isso em Lacan, Freud, Roger, Skinner e nem em lugar nenhum. Tb sei que não tem nenhum estudo que prove nada disso, mas eu acho que é assim e pronto. Ainda disse que 80% dos casais que passam de um ano de namoro terminam na crise dos dois, números feitos num estimativa da minha cabeça. E querem saber??? Acho ótimo que ainda haja espaço pra isso... Não me espantaria se alguém me falasse que Eisten n tomava manga com leite com medo de morrer e digo mais, acharia sorte a dele. Temos que dar espaço pra isso que não é positivista, nada mensurável, sem muitos critérios de avaliação. Baseado na sua vivencia, no que sua avó te dizia, no que ouviu nas conversas de bar, nos programas popularescos e por que não na nossa intuição.
Todos temos espaço pra isso, ou deveríamos ter, se alguém não tem deve ser demasiadamente chato... Essa amiga mesmo!!! Ela é inteligente, engajada, culta. Mas qdo o assunto é nordeste ou cultura nordestina de uma forma geral ela fala como se fosse uma cliente teen da daslu, filha de um senador do PSDB, que sonha em fazer economia na FGV. E brincando, com uma ponta considerável de verdade, desmerece toda uma riqueza em cultura e cores, se comporta como se desconhecesse a trama econômica e social que existe por trás das criticas que faz e se permite dessa maneira ignorar uma serie de conhecimentos de mundo que de fato ela tem.
Claro que para deixar essa tia doida falar dentro da gente precisamos saber a hora e local. Certa vez uma professora de orientação vocacional, mestra em psicologia, numa turma de graduação, discutindo sobre gênero, no calor da hora abre a boca e dispara
“Por que mulher qdo da pra ser safada é pior que homem”
Ao soltar a perola com tom de Márcia Goldshimit teve apoio da maioria das alunas (claro, nada mais machista que a mulher) enqto eu e uma amiga nos entreolhávamos boquiabertos com a declaração. Um outro amigo (que cursava psicologia, mas já era formado em direito e fazia mestrado sobre algo ligado a gênero) levanta a mão e diz que não é exatamente por ai, que a mulher devido a uma historia de opressão se viu no decorrer dos tempos tendo de desenvolver sua astúcia para que participasse das decisões, tendo como colateral uma cultura maniqueísta. A professora meio sem graça, cortou a efervescência da turma e pegou no gancho do colega, deixando a avó de lado e retomando a professora universitária. Eu até entendo que ela pense dessa maneira, mas precisa saber como se colocar e em quais circunstâncias.
Deixemos que isso que não é baseado em coisas palpáveis falar tb, não é difícil, é só permitir que saia aquele impulso que vem na sua boca de falar: “menino para com isso que se passar um vento vc fica vesgo pra sempre”. Afinal de contas quem não fica aflito com uma criança fazendo isso????
Para terminar deixo o vídeo de uma musica deliciosa chamada “três gotas de água bendita” na voz da inesquecível Célia Cruz e Gloria Estefan. Que tem tudo a ver com o assunto.
"Bati na mesa e disse firme: Tem sim, a crise dos dois, dos cinco e dos sete são liquidas e certas. E digo mais, a crise de cinco é a de dois que volta com força e a de sete é por que houve tanta troca de ofensas nas anteriores que chega o momento da digestão."
ResponderExcluirPronto, sou obrigado a concordar inteiramente com vc ... mesmo que vc [pelo que sei] não tenha vivido esta realidade, vc acertou na mosca. Não sou um crédulo do determinismo, mas minha experiência pessoal me faz crer que esta é uma das famosas exceções de toda regra.
Hoje, são 35 anos e meio de relacionamento e no nosso caso houve sem dúvida a crise dos 02, dos 05 e principalmente a dos 07 quando nos separamos e assim ficamos por 06 meses, para retomar a relação em outros termos o que a tornou sólida até hoje.
Estas crises são sim inevitáveis no processo de aprendizagem da vida a dois. É assim que saímos da paixão e passamos ao amor ... isto não ocorre de maneira pacífica, pois não conseguimos entender o processo e nem conseguimos discernir que o fim da paixão é que dá oportunidade ao nascimento do amor ... paixão é uma fase de cegueira passional ... amor é a compreensão, o entendimento, a valorização, a cumplicidade, enfim ... é qdo percebemos que a pessoa de nosso afeto não é uma ficção mas uma realidade, e que isto sim é algo digno de ser objeto de afeto ...
é assim que vivenciei ou melhor, vivenciamos ...
bjux
;-)
A Mulher Asterísco faz suas consultas e previsões baseada neste método. Puro empirismo...
ResponderExcluirBeijos
Ah, sei lá.
ResponderExcluirEu sou do time que acha essas crises pré-determinadas muito deterministas (Ui, profundo né?). Quando tem que ter crise, tem crise até de 1 mês de namoro.
Mas sou fã de criar estatísticas que não existem pra provar devaneios insanos da minha mente. O melhor de tudo, é que por ser da área científica, as pessoas muitas vezes acreditam! HAUAHAUAHAUAHAU.
Como é bom ter credibilidade! XD
Beijos Gato!
E o melhor é que volta e meia a Ciência vem provar aquilo que a nossa vó já sabia/intuia! :-)
ResponderExcluirEstava pensando aqui, será que a apatia que tive para o com o meu blog no final do ano passado foi a crise dos dois anos dele?
ResponderExcluirEnfim, eu vim de um lugar onde ser chamado de positivista e ou determinista é uma palavrão que destrói a autoestima do xingado por ele.
Mas sem querer te ofender, está muito determinista o que você está falando a respeito das crises. E cuidado com determinismo, eles sempre veem para dar status de factualidade a coisas cheias de "conforme os termos de uso".