Acabei de assistir o último
episódio de Dercy e fiquei super-emocionado com o final pk... Ah, pk tocou em
algo que é muito meu...
Na última cena, aparece a própria
agradecendo ao público que sempre esteve ao seu lado e na sequencia Fafi
Siqueira a interpretando e dizendo:
“A vida é maravilhosa, pena que está acabando.... Pena que está
acabando...”
Fiquei arrepiado qdo ouvi e
fiquei arrepiado novamente ao escrever, tudo por que acredito que o que há de
mais triste na velhice seja de fato a proximidade da morte. Claro que tudo isso
é muito reativo e que Dercy enterrou muita gente jovem quando já passava dos 80,
mas é claro que cada dia a mais é um dia a menos e a proximidade de nosso
inevitável fim vai chegando.
E olha, quisera eu ser brindado
com a eternidade pk... Mesmo com todos os problemas da vida, as dificuldades,
as doenças, as privações...O saldo disso tudo, pra mim sempre foi tão positivo,
sendo resumido posso dizer que tenho o privilégio de ser uma pessoa feliz...
Essa foi a minha escolha... A felicidade.
Nunca fui muito dado à tristeza e
tenho até vergonha de reclamar muito a cerca de algum problema. Eu lembro que
lia o blog de um menino que basicamente falava sobre o sofrimento dele com o
mundo, com a vida, com as pessoas.. Tudo pk um dia ele foi gordo e daí perdeu
uns kilos e.. Bem.. Isso às vezes acontece.. Deveria ter gastado com um psi,
antes do endócrino... Se livrou da gordura, mas não deixou de ser o patinho
feio... E daí, dia após dia falava a cerca daquilo que nem estava mais nele...
Meu Deus, eu ficava me pondo no lugar e pensando do quanto sentiria vergonha de
reclamar todo dia da mesma coisa e de como eu jamais conseguiria fazer isso..
Mesmo pk qdo reclamo demais me sinto blasfemar contra a vida, afinal de contas
tanta gente tem tão menos e tah ai, sabe???
Sei lá... Querem saber??? Eu amo
muito tudo isso, acho a vida uma delicia e queria tb de alguma forma deixar
registrado a minha gratidão a todos vcs, a família incrível que tenho, aos
amigos maravilhoso que cruzaram meu caminho e de tudo que tornou esse percurso
tão bacana...
Viver é maravilhoso e poder
dividir a vida com as pessoas que dividi foi e é um grande privilégio...
Muito Obrigado... Muito Obrigado
mesmo!!!!!
Ai, Gato! De nada! rs
ResponderExcluirOlha só: eu acho que posso dizer de verdade que a vida vale a pena e tudo mais. Não que eu seja pleno e feliz all the time, mas aceito até mesmo as partes ruins da minha vida.
Eu entendo o que é ficar marcado por um sofrimento que já passou ou mesmo por um que ainda persiste. Cada um reage de um jeito, não é? Mas a minha escolha é tentar tornar os dias cinzentos com um pouco mais de cor e sorver até a última gota o sumo dos dias adocicados.
Não é fácil (pois sempre haverá motivos pra se sentir mal, não é?). Mas também não é impossível (porque sempre é uma escolha da gente cristalizar num sofrimento sem fim e isso sim eu acho muito mais difícil).
Eu adoro a Dercy e quando vi que eu perdi a minissérie, fiquei triste. Vou procurar na internet pra ver depois.
Beijos!
farei meu papel agora.
ResponderExcluirmas a felicidade é uma escolha? vc pode estar fudido, sozinho, sem familia, sem amigos, sem emprego, sem nada de bom acontecendo com vc e ser feliz assim mesmo? sair cantando com os passarinhos feito a Branca de Neve perdida na floresta negra com um assassino no seu pescoço? não sou psicologo, mas eu me pergunto sempre: se eu tivesse tudo bem, com uma bela vida, e me sentisse triste seria diagnosticada uma depressão, não é? mas se minha vida está uma merda, eu não tenho absolutamente nenhum motivo pra ser feliz e mesmo assim eu ESCOLHO SER FELIZ isso não seria, por sua vez, uma euforia?
ai vem aquela estória de vc olhar sempre o lado positivo da vida, ok, isso é sim uma escolha, mas eu sempre penso em problemas reais: por causa da minha solidão em BH eu desenvolvi bruxismo e perdi dois dentes, o que isso tem de positivo?
eu concordo que o exemplo que vc deu, do menino ex-gordo, é realmente um caso de alguém que tem problemas e precisa de ajuda psicológica, mas e quando os problemas existem DE FATO podemos simplesmente ignora-los e decidir ser feliz apesar de não ter motivos nenhum para isso?
Infelizmente assisti pequenas partes dessa minissérie, mas deu para perceber que teve um conteúdo enorme que com certeza, de alguma forma, acrescentou-nos algo...
ResponderExcluirLevar a vida com alegria e otimismo é relativo, é admirável aquelas pessoas que pra elas não há tempo ruim, seja qual for o problema está está sorrindo, e lamentavelmente outros já se queixam por tudo, até pelos motivos mais toscos...
Enfim é a vida, o ser humano e seus mistérios...
Abraços...
Assisti e amei! Gosto mais dela ainda ... um mulher e tanto ... fantástica ... não é por acaso q viveu mais de 100 anos ... concordo com o Cara Comum ... felicidade nós construímos, independente de qualquer coisa ... não existem problemas eternos, temos q nos desvencilhar dele a qualquer custo e pronto ... se alguém nos incomoda, caia fora dela e busque aquelas q valem a pena ... a vida é simples nós é q insistimos em complicá-la ...
ResponderExcluirbjão
Bem... Então eu vou responder a vcs dois de uma vez só...
ResponderExcluirPrimeiro preciso dizer que se tem algo que naturalmente sempre respeitei muito foi à dor alheia.. Respeito absurdamente e não consigo passar reto por ela. Todavia acredito que existam pessoas que são mais dadas ao sofrimento de fato, que são mais pessimistas, mais negativas diante da vida e eu não sou uma delas.
Claro que algo que aconteceu no passado pode ser bem presente e não-superado, aliás eu arriscaria até em dizer que a maior parte de nosso sofrimentos está no ontem, como a vítima de um estupro.. O episódio ficou no passado, mas a reminiscência se torna presente. Freud falava sobre os movimentos de “repetir, recordar e elaborar”... Qdo algo tah mal resolvido em mim eu falo, e falo, e falo... Pk qdo eu repito, eu recordo do fato e qdo recordo eu tento elaborar de alguma forma, rever, ressignificar, encontrar outros caminhos.
Mas, exatamente por ser uma pessoa “de bem com a vida”, como disse no post, fico até constrangido em passar a vida repetindo a cerca da mesma dor, principalmente qdo é feito como era (e deve ser até hj) pelo carinha do exemplo que dei, numa repetição que não busca nada e nem vai pra lugar nenhum, ela simplesmente mantém... É diferente, por exemplo, da dor do “alguém por ai”. Uma vez se vendo diante do problema ele cria um espaço onde vai relatando cada experiência diante de nova perspectiva e passa a rever todo um universo de relações e sentimentos... Ou ainda como a própria dor do Foxx que soma a cada vez q colocaas coisas por um novo prisma, desmistificando tabus e revendo o senso comum. Sendo bem resumido eu diria que a dor do tal rapaz se resolvia com um conselho que a nossa raposa felpuda recebeu uma vez... “Vc precisa ir pra balada e beijar muito na boca”.. Pronto.. É isso!!! O que não acontece com o Foxx ou o Alguém.
Com relação à idéia de que felicidade é uma escolha talvez tenha me expressado mal, só tentei dizer que, pra mim, a questão das circunstâncias são apenas um prisma e não definem a felicidade de ng, na verdade nem sei dizer exatamente o que define. Conheço uma pá de gente que tem um carro bacana, filhos lindos, casa linda e vive com a cara enfiada no antidepressivo, não é pouca mesmo... Da mesma forma que conheço gente que tem uma vida que aos olhos de muito é uma vida muito desgraçada, mas opa.. Tah muito bem obrigada... O estado de euforia que o Foxx, relata, claro que existe.. Uma boa manifestação disso é no dito estado de choque.. Alguém muito especial pra mim morre, eu encaro como se nada tivesse acontecido, meses depois eu caio num abismo muito maior... Isso tb é possível em alguns quadros de depressão, uma melhora súbita, instantânea e uma felicidade que de fato não faz sentido... Uma felicidade sintomática, eu diria... Mas isso é completamente diferente deu ter problemas, mas ainda sim viver bem.
Qdo disse que felicidade é uma escolha quis dizer que na verdade a felicidade não se define exclusivamente pelas circunstâncias tem mais a ver mesmo com a estrutura psíquica da pessoa. Claro que a estrutura psíquica que tenho não foi uma escolha minha, isso tem a ver com as oportunidades que tive, a criação, as pessoas que conheci e os lugares que passei... Isso me forma e é essa forma que vai definir como eu recebo os fatos e reajo a eles e talvez esse seja o pulo do gato, o lance não é o que vem, mas como isso se encaixa na minha forma.
"o lance não é o que vem, mas como isso se encaixa na minha forma." esse ponto é perfeito, concordo plenamente, e algumas formas podem ser mudadas, não é? e outras, infelizmente, não dá. como o caso que vc relatou, ele era gordo, mudou, mas esqueceu de mudar a forma pra receber os olhares novos que agora ele recebe, provavelmente ele continua achando que estão criticando ele por ser gordo. esse exemplo funciona comigo tb, até eu aceitar que eu era gay, todos os olhares q eu recebia eu entendia como discriminação, quando eu me aceitei e mudei a forma, eu percebi que alguns olhares eram de desejo. existem coisas que somos capazes de mudar, mas outras, exatamente como vc disse, das oportunidades, criação, pessoas que conheceu, lugares que viveu, essa forma que estava lá no passado só pode ser mudada exatamente com novas oportunidades, novas pessoas, novos lugares que te tratem de forma diversa da qual vc foi tratado, só isso, EU ACREDITO, mudará essa forma.
ResponderExcluirps: obrigado por tudo que falou de mim, é bom perceber que alguém entende pelo q eu estou passando.
Foi ótimo acompanhar Dercy !
ResponderExcluirOi, tudo bem? Noooossa, cheguei bem no meio de uma discussão incrível... realmente não tinha melhor hora pra conhecer esse blog!
ResponderExcluirAcho que vou ter que fazer umas "arqueologias" (ler seus posts, dos mais antigos para os mais novos) pra me sentir capaz de falar alguma coisa... se você me aceitar, é óbvio...
Abração
Gato Van de Kamp, concordo em tudo com o que vc disse!!
ResponderExcluirNão que eu tenha estrutura pra tirar de letra tudo que passo, mas consigo chegar num nível em que ainda é possível parar, analisar o plano geral da coisa e tomar uma atitude.
Senti que o Foxx ficou meio incomodado com o texto e/ou com o meu comentário (se eu entendi errado, desculpa), mas eu só quis contar da minha experiência pessoal. Não foi de fazer "propaganda da felicidade" não porque nem sou a favor disso.
Aliás, achei interessantíssimo o que o Foxx veio acrescentar e, pode parecer contraditório num exame superficial, mas também concordo com tudo o que ele disse: tem situações que não dá pra justificar uma felicidade que não seja um indicativo de Euforia.
E, pra piorar a confusão, concordo com o que o Bratz diz sobre não haver "mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe". Minha experiência de vida me faz perceber o mundo como um sistema dinâmico e constante mutação. Então, penso que uma hora a maré vira e nessa hora, eu (e novamente falo apenas do meu caso) quero estar pronto pra usar o vento ao meu favor. Sou otimista por isso? Não sei. Mas isso me dá forças e tento usar essa força ao meu favor. Vejo como algo prático.
Contudo, meu primeiro comentário era bem mais modesto. Eu falava apenas superficialmente de mim e ressaltava que, ainda bem, não estou vivendo circunstâncias em que só seria possível ser triste. Tenho sim minhas dores, mas ainda tá dando pra escolher encarar outras facetas da minha vida de forma a focar no que me acrescenta e me impulsiona pra frente e também focar nos ganhos secundários que meus problemas me trazem (e fico até satisfeito que eles existam). É isso que celebro simbolicamente ao comentar aqui!
Mais que respeito, digo que a dor das pessoas, principalmente de quem eu gosto, me afeta de alguma forma. Eu às vezes me envolvo até demais com a dor alheia, mas sei que isso é uma questão minha (eu "escolho" isso). E isso me fez aprender a compreender melhor as dores dos outros e suas consequentes escolhas (como relatei nesse post aqui).
Whatever, como eu disse, cada um é cada um e apenas o próprio sujeito tem dimensão das "dores e delícias que traz no coração".
Beijos!!