No dia 12/06 do ano passado fiz
um post aqui no blog chamado “O limite do humor”, na ocasião falava sobre a
matéria “Qual é a graça” da revista “O Globo” publicada no domingo daquela
semana.
Na ocasião o jornalista pega um
grupo de 16 humorista para comentar sobre as polêmicas envolvendo os humoristas
do CQC. O que se falava era sobre piadas ligadas a amamentação do Marcelo Tás,
de Judeus pelo Danilo Gentilli e de estupro pro Rafinha Bastos. Isso tudo muito
antes do Rafinha ter de tirar seus DVDs de circulação por causa de piadas
feitas sobre a APAE e fazer piada sobre
Wanessa e seu filho que acarretou na sua demissão da band.
Claro que há limite pro humor,
como há limite pra tudo na vida... Esses humoristas do CQC seguem um caminho
perigoso quando resolvem deixar de fazer humor pra fazer polêmica. A crítica
constante ao politicamente correto se torna a argumentação única contra a incompetência.
Alguém comentou comigo que na
passagem do pânico pra Band havia no contrato algo no sentido de poder fazer piada
livremente em função da situação do Rafinha Bastos... Tolice, o contrato deles não
pode passar por cima da constituição e eles não podem falar o que querem, de qq
forma, com ou sem humor.
Na ocasião do post o meu querido Mello do afternosense comentou q
concordava com minhas afirmações, mas tinha ressalvas que preferiu não
desenvolver para não render, apenas disse ter medo de chegarmos a um lugar em
que só valha seu azul, passarinhos cantando e coisas belas.
Eu entendo o que quis dizer e
concordo parcialmente, concordaria plenamente se a única medida pro humor fosse
a dos humoristas do CQC.. Daí acharia que realmente só teríamos os dois
extremos... Ou o enfadonho politicamente correto ou piadas de péssimo tom...
Mas eu acho que da pra ser politicamente incorreto sendo bacana, sem ofender...
Isso é possível.
Um exemplo??? Ok, falarei do que me motivou a fazer
meu post. Há muito tempo acompanho o sensacional humorista Paulo Gustavo...
Já vi duas vezes sua peça “Minha
mãe é uma peça” e gargalhei muito em todas elas. No meio desse ano ele ganhou
um programa na multishow chamado 220 volts. Dentre os quadros do seu programa
tem “A Senhora dos Absurdos”, que ele já havia lançado uns vídeos no you tube
antes de ir pra televisão. A personagem é uma mulher rica e aristocrática que
trás consigo todos os preconceitos de classe, gênero, raça e tudo mais... Em
geral as cenas são com ela ao telefone falando com alguém e soltando os maiores
absurdos. Paulo Gustavo faz humor de um absurdo completamente politicamente
incorreto e falando frases preconceituosas ele coloca o preconceito no lugar
patético em que de fato ele está... Um lugar de ignorância, desinformação e
superficialidade. Consegue isso sem ser chato, pelo contrário, tirando muito
riso.
Quer conhecer um pouco mais????
Só ir no you tube jogar “Senhora dos Absurdos”... E aqui eu vou deixar um vídeo
com um mix de menos de cinco minutos com alguns quadros delas, vale conferir.
Adoroooo e me divirto demais com Esta Senhora.. hahaha
ResponderExcluirPorque Eu não Sou obrigada.. No PITU que eu pago.. hahaha
A irmã do Carlos ta trabalhando nesse programa 220 . é assistente de direçao de arte. algo assim.
ResponderExcluira luisa
ResponderExcluirMuito bom isso, Gato! Muito bom!! Obrigado por me apresentar!
ResponderExcluirEu adorei quando vi.. mas sinceramente eu não vejo muito limite não... desculpa mais matar pode, os politicos roubarem pode, tudo pode neste pais e nada cria uma comoção social tão grande qnto o Rafinha Bastos fazer uma piada (mesmo que de péssimo gosto), peraí, temos um problema!!!
ResponderExcluirEu acho assim...liberdade total para fazer qualquer piada politicamente incorreta e liberdade total para quem se ofender processar ou criticar.
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