31.3.11
A Casa Monstro
29.3.11
Porque Maria
28.3.11
Quero ser a Mary Poppins
Por que só com um guarda chuva voador e uma bolsa mágica pra dar conta de toda essa logística...
A verdade é que nunca na minha curta vida profissional eu trabalhei igual peão... Sabe trabalhar igual peão?? 8 horas dia, de segundo a sexta, sem ter como escamotear??? Poizé, a experiência tem sido estressante... Gratificante sim, assumo... Minha vida profissional tem dado reviravoltas e eu com minha auto estima renovada... Mas essa correria sem fim (por que não para nunca) não me da tempo pro amado ócio... Até meu entretenimento tem de ser corrido, programado... Sempre com algo pra fazer depois... Logo eu que gosto tanto de ficar bundando com o controle remoto na mão e comentando a programação no Face Book, o que pra muita gente é o retrato da mediocridade pra mim é um bálsamo.
Segunda feira viajo uma hora e vinte na ida e vou trabalhar numa cidade... Volto na segunda mesmo (fazendo a volta em uma e quarenta na volta)... Terça trabalho no lado de casa... Um sonho... Quarta feira viajo três horas... Quarta e quinta me abrigo na casa de um amigo... Sexta feira... 3 horas de volta.. Final de semana, amém!!!
Sei lá... Tá começando dar no saco esse monte de estrada, mochila, notebook e qualquer outra coisa que denote movimento...
Se bem que... Se parar pra pensar que quando criei esse blog eu tava parado no tempo.. Fisica e simbolicamente... É.. Até que ta legal... Vou parar de reclamar!!!
24.3.11
O gato e o Caminho...
Cai no ostracismo, meus comentários quando muito chegam a 4...
Fodam-se, queridos, eu posso sobreviver.. E por que:??? Por que sou um visionário...
No último post Paulo Brachinni revelou que a definição que tenho de amor é o que sustenta o casamento dele há 37 anos.. Eu aos 27 já sei isso de velho e me sinto maduro pra ele. Nunca poderei dizer que fui enganado, eu sempre soube onde fica a estrada de tijolos de ouro e agora quando olho pra ela me sinto seguro por que tem as migalhas de pão que Brattz jogou para marcar o caminho e ajudar aqueles que o sucedesse.
Paulo Bracchini falou, “muita gente não ouviu por que não quis ouvir... Eles estão surdos”...
23.3.11
amor de felino...
O problema todo é que o gato tem algo de camaleão no seu DNA e esse é meu maior pecado e minha maior redenção. Gosto da diferença, convivo bem com ela, isso se de talvez por que sinto que tudo a minha volta é diferença. Freqüento lugares, converso com pessoas, lido com situações onde muitas vezes (muitas mesmo) tenho total critica diante delas, mas elas me atraem e consigo conviver como um encantador de serpente ganha vida com a sua naja.
Hoje tenho isso mais claro na minha cabeça, mas no fundo sempre foi assim... Foi assim com a UOL, por exemplo, onde sempre assisti e participei (mesmo que parcialmente) daquele circo. Entrava num chat lia os “Brow, mano, véi, leke, brother” com a convicção de que atrás de uma aparente virilidade havia tanta insegurança.. Todas as pessoas, seguindo um único script, a procura da mesma coisa fingindo ser algo que não é e mais um tanto caçando essa mentira... Nego usando como marketing o fato de mentir/enganar e uma galera comprando isso como prova de masculinidade, aahh vá!!!! Mas ok, vamos lá, permito ao outro o direito sagrado da fantasia e peneiro atrás do que fui procurar. Que atire a primeira pedra quem nunca mentiu pra si mesmo ou vive uma mentira...
E assim é com tudo, convivo com gente que tem erudição e sensibilidade pra admirar a beleza de uma poesia, mas é incapaz de compreender que nem todo mundo teve as mesmas oportunidades e trata com desprezo e preconceito quem não tem o mesmo gosto. Gente que discursa muito inflamadamente por um mundo melhor e não tem menor problema em cometer uma ilegalidade ou outra... Gente que fala do amor de Deus e canta música do Regis Danese pedindo santidade sem ter nem humanidade direito e por ai vai...
O problema é até que momento eu sustento isso... Ok, me adapto e consigo conviver com gente que acha que faz parte do bojo do amor proibir a pessoa amada de tomar um chopp com os amigos... Mas até que horas suporto isso quando a pessoa amada sou eu????
É claro que minha adaptação tem limites e que me coloco tb, em geral ela tem de vir das duas partes, mas sinto que a mola sempre se estica mais do meu lado e isso se da pelo simples fato de que na posição de “mais diferente” cabe a mim caminhar mais pra perto do meio.
Para ficar mais claro o que quero dizer farei uma síntese simples do que acho que é relação das pessoas em media e do que é pra mim...
Para as pessoas:
O relacionamento a dois é monogâmico por natureza, a fidelidade é sua maior base e fundamental para sua manutenção, por isso uma parte significativa da trama da relação se da em torno de problemas ligados aos ciúmes. Uma vez que há um compromisso o sujeito tem o direito de sempre estar inspecionando a vida da pessoa amada, podendo dessa maneira, quando necessário, proibir determinados comportamentos, companhias ou lugares. Uma vez se relacionando os dois sujeitos viram um e o mundo vai para o plural havendo dessa maneira “nossas coisas”, “nossos amigos”, “nossa vida”. Essa relação tem como valor mais importante o amor.
Para o Gato
O relacionamento é poligâmico por natureza e a cumplicidade é sua maior base. Compreendendo que o fato deu ter minhas necessidades de afeto saciadas e amar meu parceiro não vai fazer com que nem eu, nem ele, deixemos de desejar sexualmente outros indivíduos, acho justo que vivenciemos isso junto. O ciúme é possível, desde que não venha acompanhado com uma insegurança esmagadora que mate a subjetividade de alguma das partes. Nenhuma das partes deve deixar de ser ela mesma, abrir mão de seus programas, sua vida e seus amigos por nada e por ninguém, nem por mim. O “nosso” passa a fazer parte da relação sem que o “meu” precise sair de cena. Essa relação tem como valor mais importante o respeito.
Ok... Mas o fato é que em geral eu me relaciono com pessoas inseguras e emocionalmente instáveis e é lógico que o meu padrão de relacionamento não bate nem na porta. Considero a possibilidade de abrir mão da poligamia e isso muda toda natureza do que acredito, mas não deixo de abrir mão do meu espaço, não me permito virar uma marionete que vive pra servir aos desejos do outro, tentando a tarefa eterna de tapar um buraco sem fundo. Faço isso até pela manutenção de uma relação, por que se eu não fizer com o tempo não vou suportar, preciso ajustar minimamente que seja a mim.. Muitas vezes consigo esse mínimo... E convivo com o mínimo... Eu só não consigo precisar até quando... Pode ser que por muito tempo e até quem sabe a vida toda... Só não me venham tentar tirar esse mínimo, por que ai não tem como.
22.3.11
Bial Sem Roteiro
19.3.11
Luan Santana em Morde & Assopra
Da sessão: Casais que não entendo!!!
Hector Babenco e Barbara Paz
Angelina Jolie e Brad Pitt
15.3.11
Obrigado, Minha Nossa Senhora da Blogsfera
Eu hoje vim aqui, chorei miséria, falei dos “meu carnê”, “dar minha dívida”, da minha vida difícil... E hoje no final da tarde recebi uma ligação pra uma entrevista que já nem esperava mais... Hj mesmo fui e segunda mesmo começo... Mais um empreguinho vai dar uma folga... O trabalho aumenta, mas pelo menos algumas coisas melhoram!!!!
Eu sei que to no ostracismo e que quase ng leu o post das lamentações, mas mesmo assim eu juro, por mim mesmo, por Deus, por meus pais... Posso ficar atarefado até o teto, mas não largo a bloguetagem!!!!
Um monte de coisa...
A verdade é que no inicio desse ano algumas coisas aconteceram na minha vida profissional e acadêmica... Foram coisas bacanas e fiquei muito feliz, só que fiquei feliz e atolado.. Além do acumuladinho natural do período do ano temos ainda uma serie de novas obrigações a serem feitas e estudadas... De que adianta ter recesso se você tem mil acúmulos pós-recesso??? A única alternativa real de descanso para um homem é se encostar pelo INSS e dar conta da vida dos vizinhos, essa é a verdade e a luz!!!
Eu adoro quando meu calopsita vem pra cá e já to com saudade do sotaquesinho bocó dele no meu ouvido, mas sair da minha rotina me da muita preguiça por que a volta é sempre dolorida...
Durante esse tempo que passamos juntos ele me fez ver com ele a trilogia do Senhor dos Aneis (não, eu ainda não tinha visto... Assim como não vi varias outras trilogias famosas como matrix, homem aranha e Harry Potter –eu sei que não é trilogia-).. Eu esperava bem mais, principalmente do três que ganhou 11 Oscar (n sei o plural de Oscar), mas não me espanto que tenha ganhado. Depois de “Onde os Fracos não Tem Vez” ter levado de melhor filme, não me espantaria nem com a premiação de “Zorra Total – O Filme”. Só achei estranho o lance de roteiro, por que nunca vi na vida um roteiro mais confuso e desorganizado, tem personagem que reaparece e você pensa: “tinha até esquecido dele, essa criatura ta onde mesmo???”... Tipo novela do Manoel Carlos, dois mil personagens que se perdem nas cinco mil tramas da historia.... Mas enfim... No final da historia só queria saber de ter um Smigol de estimação (mantendo ele numa gaiola chumbada)... Tadinho do bichinho, eu sou uma pessoa do contra mesmo, as pessoas tem repulsa do feio, eu tenho pena.. O mesmo acontece com a burrice... Tipo Maria do BBB, nego fala que ela não merece vencer por que é burra... Eu penso: “Tadinha, gente... Tão burrinha”... E nem adianta dizer que o problema da burrice dela é não saber administrar o dinheiro... Kleber Bambam aumentou em 10 vezes a fortuna dele e não sabe conjugar verbo eu to aki cheio de diploma e endividado...
Por falar nisso eu to tão fudido, n gosto nem de pensar... Viajei, namorei, passeei e vou ter de dar a bunda pra pagar o cartão... Aliás eu preciso de tanta coisa... A vida do pobre é muito difícil, minha mãe me deu o ar condicionado dela, amei pk moro num forno, mas pra colocar, entre pedreiro, eletricista e uma pintura no quarto depois, vou ter desembolsar ai uns 500 paus.. Moral da historia o ar vai ficar na caixa um tempo, ainda bem que acabou o verão...
E meu celular morreu.. Preciso de outro tb...
AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
Deixa eu agir a vida que vocês estão com a vida ganha... Vou no banco hj a tarde chorar e ver um celular tb... Enfim... Deixo aki uma imagem que marcou um período gostoso da vida nos últimos dias... Agora preciso meus meses de ralação para compensar os dias de prazer!!!!
Ôh Vida!!!
11/03
14.3.11
"Os Coloridos" do BBB 11
13.3.11
Bruna Surfistinha e a arte da bloguetagem
É claro que o livro é muito mais rico em detalhes, mas não vou cair no clichê de dizer que o livro é muito melhor.. O filme fez as edições necessárias pra que houvesse dinâmica, mas conseguiu passar perfeitamente o espírito da coisa, em alguns trechos sinto que fez isso até melhor que o livro. Raquel é tão espontânea na sua escrita que os períodos mais trashs da sua historia não pareciam tão pesados, só no filme você consegue ter uma dimensão mais clara do quão escuro foi o fundo do poço em que ela se meteu. Os detalhes a mais do livro vão dar conta melhor da curiosidade daquele que queria saber mais sobre o cotidiano de uma garota de programa, este expectador vai saber de alguns casos mais curiosos, vai entender o por que dela se interessar por psicologia e conhecer suas fantasias. Agora se você está interessado numa boa historia que aponta pra contradição humana, pro quão relativa é a noção de valores e sobre as idas e vindas da vida o filme atende tão bem quanto o livro.
Mas por que o blogueiro gosta tanto da Bruna Surfistinha??? Bem... Não acho que essas coisas se explicam tanto pela via da racionalidade. Eu gosto por que gosto, me agrada e isso tem a ver com as experiência vividas que por associação acabam me fazendo gostar de uma coisa ou de outra. De cara acho que o fato dela ser prima já depõe a seu favor para entrar no meu coração, tem gente que acha muito legal um médico, por exemplo, eu acho muito legal ser puta e o desconforto que ela causa quand resolve escrever um livro contando, por exemplo, a cerca do sem número de homens casados que pediam pra ela por um consolo e meter neles.
Num outro post aqui falei que admirava o fato de Geyse Arruda ter transformado o seu limão numa limonada. Geyse fez isso com métodos, na minha opinião, um tanto quanto escusos. Arruda foi caçar namorado na televisão, entrou em reality show, posou nua e até inventou uma falsa gravidez pra estender seus 15 minutos de fama. Bruna começou com um blog, que virou livro, largou a vida na hora certa. O livro virou best seller, ela emplacou com mais dois, sem tanta repercussão. Quando nego pensa que ela acabou surge com um filme interpretado pela Deborah Seco. Bruna Surfistinha soube fazer uma limonada com muita categoria. O meu palpite pra formula do sucesso se da em duas vias, a primeira tem a ver com a experiência de uma menina de classe media a cerca de um universo que a classe media tem curiosidade, vive ao lado, mas conhece muito superficialmente. Bruna sabe escrever com os olhos do expectador por que ela vive os dois lados.
O segundo ingrediente é onde entramos... Bruna tem aquilo... Aquela coisa que nos une, aquela angustia que caminha da cabeça pro dedo e converte subjetividade em letra... Bruna sabe relatar... E saber relatar é uma especificidade do saber escrever. Ela consegue ser clara, reta, direta e tudo isso sem ser demasiadamente pesada como a situação sugere. Para um blogueiro escrever é uma maneira de sistematizar essa angustia que nos consome. Devidamente descrita temos melhor controle a cerca dessa onda toda, nos sentimos melhor e norteamos melhor nossos passos... Talvez seja por isso que goste da Bruna Surfistinha, por que no fundo tenho a sensação que estamos na mesma tribo, estamos do mesmo lado.
12.3.11
Moleque Atrevido
Sempre fui acusado de radical e acho que de fato a crítica é justa, quando era adolescente e até a algum tempo atas era um verdadeiro incendiário. Com fama de polêmico e colecionando alguns desafetos vida a fora por marcar opiniões fortes comecei a ser visto como uma pessoa complicada e de trato difícil. Todavia o tempo vai tornando a gente mais sereno e preguiçoso. Começo então a me calar pra evitar algumas coisas. Não acho que essa maturidade prudente seja bonita, mas falta gás pra algumas discussões que não vão dar em lugar algum, discutir só pra marcar posição vai deixando de ser uma opção com o tempo, mas admiro quem o faz.
Nesses dias de carnaval fui pra casa da minha mãe com meu namorado.. Ok... Na verdade essa casa é uma casa que ainda não está toda terminada, sendo construída por ela e por meu padrasto, mas que tem um investimento financeiro maior dele. De tanto falar de minha mãe aqui alguns leitores já até despertaram a curiosidade de conhecê-la... Sempre alegre e divertida me respeita e respeita absolutamente minha orientação. Meu padrasto idem... Nos recebeu na casa dele na montanha com uma cama de casal e fez o mesmo na casa da praia, cogitou sair do seu próprio quarto pra que ficássemos nele.
Porém na semana passada minha mãe falou algo que achei meio esquisito. Antes de ir pra lá comentou que o meu padrasto pediu para que conversasse comigo e pedisse pra que ficássemos “comportadinhos”. Eu não gostei... E não gostei por que achei o pedido descabido... Não beijo na boca no meio da sela e não o faço por que sinto vergonha mesmo, acho que não o faria nem que fosse hetero, tenho respeito pela figura da minha mãe, o calopsita às vezes até me zoa por conta disso. Na pior das possibilidades deito minha cabeça no colo dele vendo TV ou vice e versa.... Ok... Engoli a seco e passou...
Quando foi ontem eu e namorado saímos do quarto fomos pra um cômodo externo da casa... Quando fomos minha mãe falou: “Pega leve pra não chocar o rapaz”....
Senhores eu sei que vou ser apontado como radical mais uma vez e no fundo eu sei que fui, minha mãe que me desculpe, mas quando o assunto é preconceito continuo tão radical quanto antes. Se tivesse na casa da minha mãe a historia seria outra, mas na casa dele não. Minha tia já tinha dito que o apartamento dela na cidade estava vazio e ofereceu. Não pensei duas vezes, chamei namorado e começamos a juntar nossas coisas. Quando fui falar com minha mãe... Bem... Foi uma commotion!!!
Eu juro... Juro que não queria ir embora, que queria ouvir argumentos que me convencesse do contrario... Mas ela dava volta falando mais ou menos as mesmas coisas e os argumentos básicos eram três
1 – Você vai criar uma indisposição entre eu e ele se for (hunmmm... tah!!!)
2 - A gente tem que respeitar as pessoas como elas são, é o jeito dele... Certa vez numa festa na casa dele, ele se recolheu pro quarto por que tinha um casal de lésbicas de mãos dadas ele entrou por que isso o incomoda, pra nós pode ser pouco ficar deitado no ombro, mas muita gente (como ele) se incomoda (respeito todo mundo como é e quero ser respeitado do meu direito legitimo de decidir quem vai estar próximo a mim ou não e eu não tenho cota pra homofico)
3 – Ele teve um enteado do primeiro casamento que era gay e pintava com ele, levava os parceiros pra casa e fazia o diabo, sendo um dos motivos para o fim do casamento (vai tratar essa cabeça, não tenho nada a ver com essa bicha má)
Diante desses argumentos a sensação que eu tinha era que se eu ficasse de alguma forma eu estaria concordando, abaixando a cabeça pra isso... E eu não podia fazer isso, eu não posso fazer isso por mim mesmo, pelo meu namorado, por vcs, por todos os outros que nos antecederam e que vão nos suceder... Eu não posso fazer isso!!!
Tentei mostrar que vivo no mundo que exige de mim ser comportadinho a todo tempo e não queria ter meu espaço invadido por esse mundo. Minha mãe, ao perceber que não ia ficar mesmo, começou a falar coisas do tipo: “Eu não sabia que você era tão mal resolvido, você tem que cuidar da sua cabeça”... Tolice... Não se trata disso e ainda que se tratasse, não acho justo ter que transcender os meus traumas para que ele mantenha os dele e permaneça com um posicionamento preconceituoso. Não me venha com essa de aceito, mas não quero ver... Cansei de ter de ser nobre, superior, compreensivo, melhor... Não, não.. Sou mesquinho e pequeno como todo mundo é... Também tenho meus orgulhos e brios.
Minha mãe chorou quando eu estava indo, me chamou de egoísta... Pensei em ficar.. Mas não podia... Odeio ver minha mãe chorar... Minha mãe é luz, é alegria é um poço de generosidade... Mas dessa vez não deu, Deus sabe a angustia que fiquei e ainda estou... Se estivesse na casa dela a historia ia ser outra, ele que se adaptasse... Mas ali não... Minha mãe diz que a casa é dela também, mas não tem autonomia de escolher onde pendurar um varal...
Enfim, penso que pra muita gente pode ser pouco e talvez de fato até seja... Pra mim foi o suficiente, não vou esperar piorar.
“Não se discute sentimento, mas seu argumento me faça um favor...
Respeite quem pode chegar onde a gente chegou”
Jorge Aragão – Moleque atrevido
9.3.11
Quase Chegando...
Segunda namorado deve voar novamente para as terras de Bratz, na terça já to nos blogs de vocês, por que minha divida tá grande, além de comentar seus posts preciso responder algumas perguntas como os questionamentos do Bratz sobre supostas idas minhas a BH, o convite do Mello de fazermos um blog sobre o Oscar, me comunicar com o Cadû para falarmos sobre psicologia e etc...
Terça que vem tudo volta, mês que vem Yag faz dois anos e assim vamos seguindo em frente ainda que na contramão!!!!
2.3.11
Distancia
Namorar a distancia é uma dádiva... É claro que existem vários aspectos negativos, mas as pessoas só enxergam eles quando vislumbram a possibilidade. Nego diz que é sinestésico, que precisa de contato, de toque e blá blá blá... Tudo bobagem, coisa de gente ansiosa, instituída e imatura. O toque é importante, gostoso e faz falta, porém, pensando na relação para além do amor e observando seus outros norteadores podemos encontrar vários mantenedores na distância.
Lembro de uma vizinha que tinha quando criança, Dona Magali... Uma vez ela proseando com minha mãe dizia que o período mais feliz do casamento dela foi quando o marido trabalhou viajando, que cada volta era uma festa e a relação se fazia em ciclos que sempre mudavam para se adaptar os seus horários e temporadas que variavam.
Os namoros mais longos que tive na vida foram à distância e quando acabaram não foi em função da distancia e sim por problemas que terminam com qualquer relação, inclusive a convivência mesmo que distante. Na era da telepresença a idéia de que pra conviver eu preciso estar no mesmo espaço físico de alguém se torna obsoleta e sem sentido, acho que a blogsfera é um bom exemplo disso, por que afinal de contas convivemos. Temos um ciclo de amigos, nos falamos, nos acompanhamos, nos preocupamos, nos irritamos, nos chateamos, nos decepcionamos e etc...
Tudo isso é muito relativo e um bom exemplo disso é a relação que eu, por exemplo, tenho com o convívio. Conviver a distancia acaba se tornando pra mim um exercício mais complicado do que conviver de perto. E eu não to dizendo que lidar com a falta é pior que administrar a presença. Não , não, não.. Eu to falando que a distancia tem consigo uma rotina e de alguma forma um convívio. Na presença tem outro e esse outro que pra muita gente é um inferno me parece mais fácil... Tipo assim, eu sempre digo: “Deus me livre ter de conviver com a lerdeza!!!” e o calopsita é lento demais da conta... Ele até assume, não gosta, mas assume. Quando cozinho com ele sempre sugiro que faça uma coisa e eu outra, por que se fizermos juntos perco a paciência. Daí enquanto ele faz uma salada de alface e tomate, eu faço carne, arroz, uma guarnição, o suco, boto a mesa e etc. Eu devo dizer que de fato sou ansioso e tenho tentado lidar com isso, há um tempo atrás, no período que estive doente, fiz um post aqui no blog onde falava que as coisas fundamentais da vida sempre se fazem em processos lentos e ainda penso assim... Beleza... Mas não estou falando de coisas grandes, to falando de miudezas, to falando de coisinhas do convívio. Como ter uma hora pra ir ao cinema e antes disso precisar lavar louça e se arrumar... Beleza, pra mim da... Ele nem corre, por que acha de fato impossível... Faltando dez minutos ainda com o secador na mão, diz:
Eu não vou sair com meu cabelo chovendo, não!!!
Irrita??? Sim, irrita... Mas mais que isso me irrita vez ou outra ter de ligar por obrigação e ficar falando qualquer coisa no telefone mesmo cansado ou com sono por que tem de cumprir um protocolo (que mesmo sem vontade eu acho importante ser seguido mesmo), me irrita o sinal do celular problemático, me irrita quando em algumas ocasiões eu gostaria de fazer mais sem poder.
Convivendo pessoalmente a gente briga menos, eu consigo ser mais carinhoso e até mais paciente. Parece estranho, né??? Pois é, é estranho da mesma maneira que aparentemente estar longe deveria sempre ser mais motivo pra insegurança quando pra mim a proximidade torna muito maior o medo de perder e na despedida sempre olho pensando: “Que não seja esta a última vez que estou olhando pra você”... E quando desligo o telefone penso: “Amanha a gente se fala”...