Acho que o motivo que me leva a ter um certo apresso pela cultura pop é pelo fato de minha memória ser muito ligada a ela... Sempre que tento me recordar de um fato do passado para ter noção do período tento me localizar pelo que passava na TV, ou a música que ouvia na época, a notícia que entupia os telejornais.
Partindo dessa premissa é que alguns artistas me marcaram mais... Madonna é uma delas... Acho que comecei a vincular o nome a obra quando tinha por volta dos 15 anos. E lembro que o primeiro clip que vi tendo noção de quem se tratava foi like a prayer. Fikei boquiaberto com a ousadia dela de, em plena década de 80, desafiar a ordem colocando um Jesus Cristo negro que a beija e chora lágrimas de sangue.... Minha tristeza era saber que por ser muito antiga nunca teria oportunidade de vê-la cantando, mesmo que um dia fosse a um show... E havia a eterna expectativa do show, a cada turnê a possibilidade e a cada possibilidade a certeza de que eu iria de qualquer maneira.
Libertaria e libertina, Madonna vira uma referencia na minha adolescência ouvindo human nature sua voz sussurrada dizendo “Express yourself, don't repress yourself” repetia-se como um mantra. As turnês passam a marcar períodos. A “Drowned world tour” talvez tenha sido o momento em que fui mais fã, no DVD a apresentação de la isla bonita dançada por ela e seu dançarino Antônio era vista por mim diariamente.
Depois veio o American Life, que a turnê não marcou tanto, não teve DVD e foram poucos shows em função do nascimento de Lourdes Maria. Mas nesse período foi que ela grava o VMA com Britney e Christina e as beija na boca. Todos sabíamos que cantariam juntas, sabíamos da rivalidade e estávamos eufóricos em frente a TV... Qdo as duas entraram de noiva não entendemos muito bem, mas quando Madonna sai vestida de noivo de dentro do bolo, o telefone não parava de tocar.... A coreografia sensual, o beijo, o zoom no rosto do Justin (ex-namorado das duas)... Só em escrever posso reviver a euforia da época.
American Life vem, pelo menos pra mim, como o trabalho que melhor ilustra a maturidade de Madonna. As imagens da guerra passando no fundo, os modelos desfilando com roupas camuflada e sendo assistidos pelo público americano que aplaudia a atração. Podem chamar de comercial, falso, artificial ou o que for, mas estamos falando que a maior artista pop produzida pelos Estados Unidos, no meio da guerra faz uma música onde diz não acreditar no sonho americano.
Na época do confessions tour talvez eu já nem fosse mais tão fã assim, a onda tinha passado, mas ainda sim o hit embalou noites divertidíssimas no meu quarto ou fora dele. A apresentação junto com o Gorilaz no VMA tb foi memorável. Sem contar a polêmica que ela criou cantando crucificada.
Até que vem o Stcky & Sweet tour... Seguindo a tendência do álbum anterior esse veio bem baladinha. As músicas eram boas, mas não me deixaram tão eleterizado quanto as anteriores, pra mim já não tinha mais a mesma graça. Todavia foi nesse período que surgiu o esperado show no Brasil.. Até cogitei não ir, mas os meus amigos me convenceram dizendo que deveria fechar essa guestalt... E como eu gosto dessa coisa de show internacional, da fila, do misancene em torno do artista no Brasil, resolvi pagar pra ver...
E esse dinheiro vai pro hall dos melhores investimentos que fiz na vida, o show não deixou a desejar em nada, Madonna foi melhor do que eu poderia imaginar e o público foi um show a parte. Uma hora começou a tocar uma batida estranha... E qdo ela começou a cantar olhei pro meu amigo com o olho arregalado e disse:
É LIKE A PRAYER???
E era... O abracei e nós junto com a platéia cantamos a música inteira...
Madonna hj faz 52 anos, nos últimos 10 ela cantou, embalou e falou muito do que vi, senti e acreditei... Podem chamar de viadisse ou qualquer coisa nesse sentido, não me importo, não nego nada do que me constitui e a imaculada cantora, certamente é, com muito orgulho, parte do gay, do macho e principalmente do homem que sou.
Parabéns Madonna.. Muitos anos e muito trabalho pra você!!!!
Partindo dessa premissa é que alguns artistas me marcaram mais... Madonna é uma delas... Acho que comecei a vincular o nome a obra quando tinha por volta dos 15 anos. E lembro que o primeiro clip que vi tendo noção de quem se tratava foi like a prayer. Fikei boquiaberto com a ousadia dela de, em plena década de 80, desafiar a ordem colocando um Jesus Cristo negro que a beija e chora lágrimas de sangue.... Minha tristeza era saber que por ser muito antiga nunca teria oportunidade de vê-la cantando, mesmo que um dia fosse a um show... E havia a eterna expectativa do show, a cada turnê a possibilidade e a cada possibilidade a certeza de que eu iria de qualquer maneira.
Libertaria e libertina, Madonna vira uma referencia na minha adolescência ouvindo human nature sua voz sussurrada dizendo “Express yourself, don't repress yourself” repetia-se como um mantra. As turnês passam a marcar períodos. A “Drowned world tour” talvez tenha sido o momento em que fui mais fã, no DVD a apresentação de la isla bonita dançada por ela e seu dançarino Antônio era vista por mim diariamente.
Depois veio o American Life, que a turnê não marcou tanto, não teve DVD e foram poucos shows em função do nascimento de Lourdes Maria. Mas nesse período foi que ela grava o VMA com Britney e Christina e as beija na boca. Todos sabíamos que cantariam juntas, sabíamos da rivalidade e estávamos eufóricos em frente a TV... Qdo as duas entraram de noiva não entendemos muito bem, mas quando Madonna sai vestida de noivo de dentro do bolo, o telefone não parava de tocar.... A coreografia sensual, o beijo, o zoom no rosto do Justin (ex-namorado das duas)... Só em escrever posso reviver a euforia da época.
American Life vem, pelo menos pra mim, como o trabalho que melhor ilustra a maturidade de Madonna. As imagens da guerra passando no fundo, os modelos desfilando com roupas camuflada e sendo assistidos pelo público americano que aplaudia a atração. Podem chamar de comercial, falso, artificial ou o que for, mas estamos falando que a maior artista pop produzida pelos Estados Unidos, no meio da guerra faz uma música onde diz não acreditar no sonho americano.
Na época do confessions tour talvez eu já nem fosse mais tão fã assim, a onda tinha passado, mas ainda sim o hit embalou noites divertidíssimas no meu quarto ou fora dele. A apresentação junto com o Gorilaz no VMA tb foi memorável. Sem contar a polêmica que ela criou cantando crucificada.
Até que vem o Stcky & Sweet tour... Seguindo a tendência do álbum anterior esse veio bem baladinha. As músicas eram boas, mas não me deixaram tão eleterizado quanto as anteriores, pra mim já não tinha mais a mesma graça. Todavia foi nesse período que surgiu o esperado show no Brasil.. Até cogitei não ir, mas os meus amigos me convenceram dizendo que deveria fechar essa guestalt... E como eu gosto dessa coisa de show internacional, da fila, do misancene em torno do artista no Brasil, resolvi pagar pra ver...
E esse dinheiro vai pro hall dos melhores investimentos que fiz na vida, o show não deixou a desejar em nada, Madonna foi melhor do que eu poderia imaginar e o público foi um show a parte. Uma hora começou a tocar uma batida estranha... E qdo ela começou a cantar olhei pro meu amigo com o olho arregalado e disse:
É LIKE A PRAYER???
E era... O abracei e nós junto com a platéia cantamos a música inteira...
Madonna hj faz 52 anos, nos últimos 10 ela cantou, embalou e falou muito do que vi, senti e acreditei... Podem chamar de viadisse ou qualquer coisa nesse sentido, não me importo, não nego nada do que me constitui e a imaculada cantora, certamente é, com muito orgulho, parte do gay, do macho e principalmente do homem que sou.
Parabéns Madonna.. Muitos anos e muito trabalho pra você!!!!
Eu era daquelas que achava a Madonna chata, muito pop!rsrsrs
ResponderExcluirDe uma forma completamente clichê, eu: A-D-O-R-O Madonna! Bjs
ResponderExcluirConfesso não ser um apaixonado por Madonna... mas nunca ousaria desdenhá-la... com certeza ela é um marco na cultura pop mundial! Que venha muitos outros trabalhos... e que ainda influencie muitas gerações!
ResponderExcluirxD
Que lindo, tenho o mesmo apreço por ela, também vibrei no VMA e amei American Life, foi meu primeiro CD ashuahsuahsua, sou novinho mas já passei pelas re-descobertas de seu período anos 80 e 90, que adorei mto! Mega bjo!
ResponderExcluirAmo, Adoro, e acho q seria a única mulher com quem eu iria pra cama ... para dormir é claro ...
ResponderExcluirbjux
;-)
Faz muito sentido isso de gostar de pop por marcar uma época. Uma música da Madonna que me marcou muito foi a "Nothing really matters". O problema é que a época foi muito desagradável, ou seja, a música acabou fazendo o mesmo caminho. Não posso escutá-la de jeito nenhum que me embrulha o estômago. Mas as músicas de começo de carreira, bom, essas marcaram a minha infância e são bem-vindas.
ResponderExcluirMadonna, aquela lá.
Essa mulher pra mim era diva! Cresci com os discos e sabia tudo da vida da mulher. Cresci e larguei de mão. Não que eu não escute mais, porém, só há espaço para os clássicos.
ResponderExcluirbj