16.5.10

A Homossexualidade e o oscar na década de 2000

Nesse final de semana assisti ao filme “Direito de Amar” que fez Colin Firth concorrer ao Oscar de melhor ator esse ano. Se trata acima de tudo de um filme contemplativo, com belas imagens em tom pastel e muito Slow motion. Achei o ritmo lento e por vezes até cansativo (pausei pra dormir no meio e terminei depois), mas com uma bela fotografia. A historia se passa na década de 60 e fala sobre um professor universitário que perde seu companheiro de 16 anos. A trama se faz no vazio da falta e na sua dificuldade de adaptação.



O filme me remeteu a outros de temática homosssexual que fizeram parte do oscar na última década. Um grupo considerável de filmes tratando homossexualidade e outros tendo personagens gays na historia passaram pela academia, em minha opinião, de forma benéfica e diversa.


O Segredo de Brokeback Mountain”, talvez tenha sido o de maior repercussão, colocando uma historia repleta de cenas de beijos, abraços e amassos gays na tela da globo, por exemplo, com amplo acesso para toda família brasileira. O filme ganhou prêmios importantes como o de melhor diretor e fez Heath Leadger concorrer de melhor ator.



Lembro que na ocasião fiquei triste por ele ter perdido, mas o que eu não sabia que nesse mesmo ano quem levou o premio foi Philip Seymour Hoffman por sua atuação em Capote, fazendo o papel exatamente de um homossexual numa atuação, que acredito ter sido, a melhor masculina da década. Hoffman encarna com perfeição o escritor americano Truman Capote, com trejeitos, gestos, caras e bocas. O filme mostra o envolvimento do autor com um assassino que está no corredor da morte e que ele se encontra algumas vezes na tentativa de escrever a sua historia.



O ano de 2006 parece ter sido o ano da pauta homossexual no oscar, além dos dois filmes citados acima também esteve concorrendo ao premio de melhor atriz Felicity Huffman por sua atuação no incrível Transamérica. A historia conta da exigência da psicóloga de um transexual de que ele procure e tente estabelecer relação com um filho que teve no passado para que autorize sua cirurgia. Esse reencontro é coberto de idas e vindas em uma bela historia.



Se Hoffman foi o melhor interpretação masculina da década com Capote, Charlize Theron foi sem dúvida a melhor atuação feminina em “Monster – Desejo Assassino”, com uma personagem lésbica. O filme, conta a historia da primeira psicopata mulher da historia dos EUA e é tão denso que sua homossexualidade passa praticamente batida.



Ano passado foi a vez de Sean Penn nos brindar com Milk, o ativista gay norte americano, que ganha vida na atuação de Penn, garantindo seu segundo Oscar como melhor ator concorrendo com alguns candidatos de peso. Além de sermos brindados com uma boa historia, também ganhamos um discurso bem positivo pela causa homossexual tanto do Seann como do Roteirista que também levou uma estatueta (você pode conferir os discursos aqui).



Os personagens foram os mais diversos (feios, bonitos, másculos, afeminados, pobres, ricos, homens, mulheres, transexuais) e os vieses também. Passamos pelo romance rasgados de Brokeback Mountain/ Direito de Amar, o ativismo político de Milk, o drama pessoal/familiar de Transamérica/Capote e tivemos em Monster algo que também acho muito importante, que é um filme com homossexuais sem ter a homossexualidade como tema central, sem a menor pretensa de falar em preconceito (e em menor escala talvez possamos observar o mesmo em Capote e Direito de Amar). Todos eles seriam insuficientes, como qualquer obra, na tentativa de dar conta da realidade, mas juntos criam um caleidoscópio diverso em formas e cores naquela que é a maior premiação cinematográfica do mundo.

9 comentários:

  1. O Segredo de Brokeback Mountain, Capote, Milk e Direito de Amar foram os que assisti, pela ordem de minhas preferências.Direito de Amar tb me fez dormir apesar de toda a blz plástica. Enfim, a homosexualidade como tema na sétima arte ainda ainda está a dever.

    Bjux meu ROMROM preferido ... fica bravinho não, se não eu gamo ... fico doido com gatinho bravo ...

    miauuuuuuuuuuuuuuuuu

    ;-)

    ResponderExcluir
  2. Quero ver o direito de amar...bjs gatinho

    ResponderExcluir
  3. eu ainda não vi o direito de amar, mas os outros foram brilhantes!

    destaque especial pro Transamerica, que dentre os q vc lembrou, na minha opinião, é o melhor.


    chorei e ri com esse filme e vi a realidade de um transsexual.

    que venham outros!

    ResponderExcluir
  4. Ultimamente tenho sido muito tarado por filmes de temática LGBT...

    Dentre os filmes citados no post... vi alguns... outros anseio em ver... e com certeza eles são de grande ajuda nas causas em pról das minorias existentes mundo afora!

    Espero que venham mais personagens bons... e que não sejam a trama central dos longas denotando realmente alguma forma de aceitação moral pra sociedade... afinal nossas lutas são pra sermos tratados como iguais... Não é?

    ***

    xD

    ResponderExcluir
  5. Vin conhecer o tao mais tao falado gato, odiado por alguns amado por outros todos agora falam d vc! paulo, vaca kkkk

    mais vi li e gostei do seu blog!!

    se cuida

    ResponderExcluir
  6. De todos eu ainda não assisti Monster e nem Direito de Amar. Está aqui no pc, mas estava sem ânimo e vc ainda ajudou a aumentá-lo.
    Beijão, gatão!

    ResponderExcluir
  7. Capote e Transamerica são fantásticos. Gostei do A single Man, mas é bom ver com alguém do lado, senão a deprê bate que é uma beleza.

    ResponderExcluir
  8. Eu ja assisti a todos.kkkk.
    Transamerica foi o melhor.Movie-road onde os personagens vao amadurecendo e Felicity Huffman dando um show.Esse filme me fez rir e chorar simultaneamente.
    Brokeback Mountain tb é lindo.A trilha sonora ajudou muito.Entre nós,Ang Lee soube trazer para a telona o tema homossexualidade,quebrando tabu.
    Beijos.

    ResponderExcluir
  9. Quero ver Direito de Amar (Colin é um tesãozinho!) e dos outros gostei mais do Transamérica! :-)

    ResponderExcluir