Ontem teve Imagens Dragon no Rock in Rio e a gente pode ver mais uma vez 1,93 de macho gotoso, suado, talentosos, inteligente e tudo maais que é Dan Reynolds. Ele sacudiu bandeira do Brasil ele sacudiu bandeira LGBTQUIAPN+, ele sacudiu meu óvulos... Olha... Que macho!
15.9.24
Um Gostoso
Aí a moda....
Faat Joe a direita de Anitta |
As Mães da Praça de Maio |
13.9.24
RPG de Mesa
A partir daí, o RPG de mesa se expandiu rapidamente, inspirando a criação de muitos outros sistemas e cenários, como “Chamado de Cthulhu”, “Vampiro: A Máscara”, “Shadowrun”, entre outros. O RPG se tornou um personagem cultural, sendo adotado em vários países e comunidades ao redor do mundo, ganhando popularidade especialmente nos anos 80 e 90.
A cena mudou bastante com a popularização e avanço dos jogos eletrônicos, não sei precisar em termos de números, mas certamente joga-se muito mais RPG por game do que o de mesa. Por mais que os games tenham avançado bastante nas suas simulações da realidade é tipo comparar livro com filme, a imaginação humana sempre será uma fonte infinitamente mais ampla de muitas possibilidades.
A dinâmica do D&D cabe bem no universo game, por que em geral ele é mais objetivo nas suas missões, outros já tem mais complexidade. Eu comecei a jogar em sistemas adaptados (aliás acho um ótimo começo). Sistemas adaptados são sistemas simplificados, com menos regras e engessamento. Em geral são mais simples, então eu jogava em sistemas similares com a dinâmica do D&D, mas bem interpretativo. Em 2018 comecei a jogar Vampiro a Máscara e desde então não parei mais. Na verdade minha relação com RPG tá diretamente ligado ao meu casamento, meu marido é um jogador veterano, orgânico, desde a adolescência. Quando casei com ele, ele veio morar comigo há mais de 700kms da sua cidade e sempre dizia "será que nunca mais vou jogar RPG?". Eu ficava com muita dó e foi assim que resolvi aprender pra poder tentar arrumar pelo menos mais um jogador e poder proporcionar isso a ele, desta forma eu fui bem atípico, pq diferente da grande maioria dos jogadores eu comecei a jogar com quase 30 anos.
A partir de então a gente passou por três grandes fases. Nosso primeiro grupo com mais dois amigos que fizemos em jogo e mais alguns que foram se incorporando, uma espécie de interlúdio que passamos quando mudamos de cidade e ficamos um tempo curto jogando com uns jogadores de D&D e depois com alguns amigos da faculdade dele, com quem jogamos até hj mesmo todo mundo estando em cidades diferentes. Depois da pandemia passamos a jogar on line e outros jogadores de outros lugares foram se incorporando a esse grupo. Nele rolam várias mesas, quase todos os jogadores narram alguma dentro do universo de Vampiro.
Vampiro a máscara é o jogo mais conhecido da série "World of Darkness" (Mundo das Trevas), um universo de RPGs que explora temas de terror gótico, drama pessoal, intrigas políticas e dilemas morais. origem de "Vampiro: A Máscara" remonta à década de 1990, quando Mark Rein-Hagen, um dos fundadores da White Wolf Publishing, decidiu criar um RPG que fosse diferente dos jogos de fantasia medieval tradicionais. Ele queria um jogo que explorasse temas mais adultos, emocionais e sombrios, e que oferecesse aos jogadores a chance de interpretar personagens complexos e moralmente ambíguos. Eu costumo brincar que D&D é o ensino médio do RPG e Vampiro a Máscara a faculdade. É um jogo que te coloca diante de conflitos morais diversas vezes, te deixa cheio de dúvidas e tendo que buscar estratégias para solucionar problemas complexos. Inclusive é um bom hobbie pra você falar que tem em entrevistas de emprego, exatamente pelas muitas possibilidades de aprendizagem de forma interativa que vc tem, já aprendi boas lições com RPG. Aliás ver jogador de RPGs conversando é no mínimo engraçado, você vai ouvir coisas do tipo: "Lembra daquela vez que a gente invadiu o castelo daquele dragão ancião", "lembra quando fulano tentou fazer aquela magia e despertou um demônio ancestral" etc etc etc...
Atualmente o Mundo das Treva estão lançando a sua quinta edição... E o que isso quer dizer? Quer dizer que eles estão relançando o jogo com mudanças no sistema e no universo. Há alterações nas regras do jogo e se o último contava as histórias dos seres das trevas até final da década de 90 agora avançamos até o final da década de 2000. Uma nova edição de um RPG não diz apenas do lançamento de um livro, mas de uma coleção inteira. Tem o livro base que vai te dar o básico pra jogar, mas tem uma série de suplementos que vai te aprofundar em determinados aspectos daquele universo. No Mundo das trevas há livro base e suplementos de várias criaturas, o que tem mais complemento é vampiro, mas a editora também lançou de caçadores, lobisomens e já estão produzindo de magos. E como mercado editorial se mantém com livros em 2024? Gerando engajamento, colecionadores, fãs... Os livros são verdadeiras obras de arte e uma grana cada um deles, mas eles são lançandos devagar e a gente vai comprando devagarzinho, aqui em casa já tem uns três anos que os presentes de aniversário, natal, dia dos namorados, tudo tem sido livros de RPG e querem saber? Ficam bem lindos na minha estante.
Pra tentar dividir um pouco dessas sensações com você que está me lendo vou contar um pouco sobre aqueles que classifico como os 4 principais personagens que joguei até hoje, conheçam os meus meninos:
Naquele universo mítico haviam quatro reinos que se destacavam, três de um hemisfério ao norte rico e um quarto no sul emergente, mais pobre que os outros três, mas muito mais rico que seus vizinhos, fazendo com que ele fosse crucial para as políticas expansionistas do reino principal. Galatéa torna-se rainha desse reino do sul e era uma espécie de "ditadora carismática". A grande mãe do sul, rainha dos apátridas, guerreira de Zeus, vários títulos que atribuía a si. Temida por aliados e inimigos só tinha uma pessoa que segurava bem sua onda, Richard Gutemberg, personagem de outro jogador que era exatamente o oposto dela, era um Paladino, um soldado disciplinado e virtuoso. Richard e Galatéa foram parceiros em muitas aventuras e ele fazia certa vista grossa pros seus métodos... Digamos.. Controverso, como ter uma sala de tortura em seu castelo, por exemplo. Outro jogador colocou o carinhoso apelido de GalaTrevas. Vilã ou não, ela era bastante carismática e tudo passava com certa leveza.
12.9.24
Toda Babada XVII - Marina Senna e Juliano Floss
Calma minha gente, mamãe continua bicha, bichérrima, bicherrerééééésima... Todavia, Marina teve que ser a primeira mulher a ocupar o quadro em 17 edições por esse casal exala sensualidade.
Eu acho que de fato ela mantém uma energia bastante sensual... Manhosa... Charmosa! E ele é tão gostosinho... Assim, muito bebê ainda, mas como diria Inês, passou dos 18 anos eu tô fazendo amor e aí não dá pra negar que é um delicinha, eu faria lindamente.
E você não? Fala pra mamãe! |
Juntos, os dois! Aí é absurdo, amor! Aí é papo de apocalipse mesmo! Eles publicaram umas fotos em julho que super repercutiram por serem cheias de etilo e sensualidade e são essas que vou compartilhar aqui, por que foi onde o casal realmente terminou de ganhar meu coração.
É, amor! É iso!
10.9.24
O Poliamor em 2024
Quando eu cheguei aqui era tudo mato, mas felizmente avançamos! Num avanço que foi importante pra mim não só pela via do social, pela abertura e aceitação as pessoas, mas importante pela via do meu autoconhecimento.
Volta e meia tento resgatar quando foi que eu soube que existia a possibilidade da vivência de uma relação não monogâmica. Sempre uso 2013 como marco, pq foi nesse momento que conheci a expressão poliamor, é um marco no sentido de que ter percebido a possibilidade enquanto uma instituição mesmo, um modelo que estava em vigência, que podia ser levado a sério de alguma forma, mas existe uma "pré história" anterior a isso.
Se eu for caçar lá na arte rupestre dessa história vou me lembrar que na adolescência eu dizia que queria muito um namoro a três, pq era um número ímpar e a decisões poderiam ser tomadas de uma forma democrática. Vou lembrar também que eu dizia que queria ser como a Gretchen ou Fábio Júnior e casar diversas vezes, por que a ideia de um único parceiro para o resto da vida me soava extremamente enfadonha, vou lembrar que escrevi aqui em 2009 um texto neste blog com o título "o amor é o sentimento e o blues da piedade é a trilha" onde eu falava de um desconforto enorme de sentir que me enquadrava em um modelo de relação que valorizava coisas pequenas, se agarrando em fidelidade, em vez de priorizar o que fato é fundamental. Esse texto é a prova mais cabal que sim, eu já era esse ponto fora da curva e sabia disso.
Porém eu, como muitos outros, fiz um caminho pro poliamor muito protestando pela minha liberdade sexual e esse caminho é cheio de demonizações e culpas. Passei anos da minha vida entendendo que era o "torto" e que estar comigo era um sacrifício enorme pro meu marido se adaptar, mesmo percebendo que ele sempre desfrutou muito bem das liberdades do poliamor. Todavia ainda sim carregava comigo um sentimento de que no fundo eu era só um homem promiscuo buscando uma narrativa para encobrir minha promiscuidade.
Quando falo em liberdades nem estou falando só da liberdade sexual, mas por exemplo, quando a gente ainda namorava a distância certa vez ele veio lamentar comigo que queria ir a parada gay da sua cidade e que ele não iria por que não queria que eu frequentasse certos lugares e ouviu de mim: "Eu acho que vc deve ir, pq eu n deixaria de ir a nenhum lugar pelo simples fato de você não gostar"... Pois bem, ele foi! A monogamia parte de uma premissa básica de que você não pode se envolver afetiva ou sexualmente com outra pessoa, desse ponto em diante existem uma série de pessoas, lugares, roupas, comportamentos e relações que não cabem pra alguém comprometido e aí essa pessoa que tá do seu lado se coloca na posição de gerenciar essas "gatilhos para traição". Através do ciúme a vida vai se tornando um campo minado e nesse jogo a grande maioria das relações terminam ou por infidelidade ou pelo medo de que ela aconteça. Eliminar essa premissa da equação gera um série de vantagens em termos de liberdade, identidade e autonomia, que não necessariamente tem uma ligação direta com sexo.
Regina Navarro Lins |
Paralelo a uma.. Digamos "consciência teórica" da coisa eu ia vivendo a minha história com o poliamor quando abrimos nossa relação em 2013. Foi muito legal e importante pra mim, mas a gente foi amadurecendo isso junto enquanto casal, mas sob perspectivas ainda muito diferentes. Na época vivíamos uma relação aberta, que eu achava que era poliamor e hoje vejo claramente que não era. Só podíamos sair com outras pessoas juntos e nem sempre era fácil, a dinâmica era a mesma, eu ficava nos aplicativos com um perfil de casal, dialogando e buscando gente que estivesse afim e ele decidia se queria ou não. Essa dinâmica funcionou muito e atendia muito os meus desejos com relação a sexo, mas era extremamente problemática. Meu marido se colocava numa posição de definir quem eram os nossos parceiro e consequentemente os meus, numa dinâmica muito similar ao da monogamia, ele gerenciava meu corpo e meus afetos, de pouco a pouco aquilo foi realmente se tornando insuficiente pra mim.
Vivemos uma longa crise que teve seu estopim no fim de 2016, mas que levou um bom tempo pra chegar num meio de caminho, que ainda sim era problemático. Em 2017 negociamos a possibilidade de ficar com pessoas sozinhos, era um avanço, mas ainda não me era suficiente. Pq pra mim sempre soou fake o pacto de que eu não vou me apaixonar, eu não vou me envolver. Talvez você que esteja lendo considere que eu queria demais e nunca estava satisfeito, mas na verdade, mesmo sem entender com clareza o que eu sempre quis foi de fato uma relação poliamorista. No fundo eu entendo que NINGUÉM, absolutamente ninguém pode efetivamente pactuar que nunca mais vai se apaixonar de novo, os monogâmicos fazem esse acordo, mas obviamente muitas vezes fracassam miseravelmente neste pacto.
Só em 2022 que meu parceiro resolveu tentar efetivamente seguir nesse modelo, de lá pra cá "namoramos" um boy (coloco entre aspas por que a formalização da relação aconteceu, mas acho que nunca fomos um trisal efetivamente, apenas ele e meu marido), atualmente meu marido namora um cara e eu tava meio que saindo com outro e nós quatro ficamos meio que amigos, fazendo vários rolês juntos (aé mudarmos de cidade). Sempre que falo sobre isso as pessoas fazem mil perguntas como se fosse muito complicado, mas a bem da verdade é que é muito mais fácil viver do que explicar.
Onze anos depois da minha incursão acho que o debate está mais aberto e n só enquanto sociedade
Geni Nunes |
Eu tenho uma prima que tá ficando com dois caras poliamoristas, ambos deram pra ela de presente o "Decolonizando Afetos" da Geni, na festa de aniversário dela desse ano, ambos estavam lá, ele e toda nossa família. Não que todo mundo soubesse o que tava rolando, mas bastante gente sabia. No meu trabalho falo abertamente sobre o fato de viver uma relação poliamorista, falo abertamente sobre "o namorado do meu marido". Todos esses cenários são cenários possíveis para 2024 e nem de longe eram um cenário em 2013. Lembro que na época um amigo me disse entender meus pontos, mas que a sociedade não estava pronta pra isso. Eu cresci na sociedade que não estava pronta pra ver o beijo gay na novela das oito, minha vida é hoje, não vou estar daqui há 200 anos pra performar o etilo de vida que preciso pra ser feliz, então sigo com meu facão desmatando todo esse matagal e feliz por ser persistente no mundo melhor que acredito.
8.9.24
Sobre amor, racismo e redes de apoio!
Eu acredito no amor e sei lá que tom essa frase pode ter em 2024, quando eu era mais novo acho que teria um tom cafona, hoje acho que soa apenas inocente, mas realmente acredito. Todavia acho importante deixar claro que acredito no amor numa perspectiva Paulo Freiriana, não tô falando do amor romântico fortemente construído pela cultura de massa, esse amor que sustenta o patriarcado, o machismo e várias outras opressões. Eu estou falando sobre o amor que motiva pessoas, enaltece, que faz com que gente que se ama se apoie e avance, cresçam enquanto pessoas, tô falando do amor que Paulo Freire apresenta com tanta habilidade na pedagogia do amor, do amor que me faz pensar no sentido da vida mesmo, que me faz entender que estamos aqui pelo laços que construímos.
Talvez acreditar nisso tenha a ver comigo viver uma história de amor há pelo menos 15 anos, tempo pra bastante coisa. E como uma história de amor, ancorada na realidade, esse sentimento não se manteve intacto de uma forma horizontal desde o primeiro dia, claro que não. Existem momento de dúvida, de questionamentos... Houveram vários momentos que eu me perguntei "será que é isso mesmo?", mas por uma série de bons motivo, bem palpáveis e materiais, já faz um bom tempo que eu tenho absoluta certeza que é. Um deles é o mais proeminente e é o que vou compartilhar aqui com vocês.
Quando conheci meu marido ele trabalhava num call center. O boy vem de uma família humilde a mãe uma mulher negra retinta que estou apenas até o primário, trabalhou e trabalha até hoje como empregada doméstica. Em alguns momentos com faxina, outros como babá e já tem alguns ano como cuidadora de idosos, mas sempre na esfera doméstica. Ele terminou o ensino médio fazendo EJA numa escola pública, logo que terminou trabalhou alguns meses numa fábrica de refrigerantes, até cair num call center. Quando me conheceu, após um ano e meio namorando a distância optou por vir morar onde eu trabalhava e foi trabalhar na boate de um amigo. Na época eu n tinha a menor ideia de que eu estava casando, achava que ele vivia de uma forma tão desassistida pela sua família que perto de mim talvez vivesse melhor, hoje com a cabeça que tenho entendo a dimensão do passo que estava sendo dado e se entendesse na época certamente não daria, ainda bem que não entendia.
Ele não levou muito tempo na boate, logo depois foi pra call center de novo, trabalhou como vigia e seguiu em outros sub empregos, certa vez numa visita da sua família aqui falou pra sua cunhada que queria fazer faculdade por que todo mundo na minha família tinha faculdade, ela perguntou sobre os meus amigos e ele respondeu "todos em volta dele tem faculdade", então ela disse que ele deveria fazer mesmo.
Eu nunca coloquei essa pressão, acho que faculdade é daquele tipo de coisa que dá muito mais valor quem não tem. Eu acho importante o sujeito se tornar um adulto funcional, alguém que é capaz minimamente de cuidar de si mesmo e do espaço em que vive. Nesse pacote inclui você se sustentar, do básico até seus pequenos luxos. Sustentar-se tem a ver com monetizar, mas monetizar não significa necessariamente ter ensino superior. Não que eu não valorize a educação e não ache um caminho importante das possibilidades de ascensão de um menino pobre, mas também sei que há muito fetiche em cima disso e que ter um faculdade não é sinônimo de sucesso, tá cheio de gente que tem uma faculdade e que não deu certo na sua vida profissional e cheio de gente que não tem e deu, há outros fatores. Porém isso é o que eu penso, não era o que ele pensava ou valorizava naquele momento e ele fez o que ele quis.
Partiu tudo dele, entrou num pré vestibular social, estudou um ano, passou no vestibular e viveu o desafio de, enquanto um rapaz pobre, começar uma faculdade pública e integral com 25 anos, ou seja, ele teria que parar de trabalhar. A mãe trabalhava como babá em tempo integral de sexta a domingo, passou a pegar uma faxina em dias de quarta pra mandar um dinheiro pra ele, o pai também mandava, eu sustentava as contas da casa e assim fomos levando. Cinco anos é tempo pra muita coisa, foram várias reviravoltas financeiras que me fez em muitos momento pensar que ele teria de trancar, mas fomos até o fim.
Eu não sei se você que está me lendo já viveu a experiência de tentar falar pra um menino pobre, negro e periférico que um espaço tão elitizado como é a universidade pública também pertence ele. Não é fácil, existe uma coisa chamada "síndrome do escravo", quando vc é criado sendo apresentando a um único horizonte, sem nenhuma referencia diferente pra se espelhar o caminho normal é você entender que é o que te resta. Você pode até se imaginar "Doutor", mas você imagina igual a gente fica imaginando o que faria se ganhasse na loto... É um lugar bem distante! Acho que foi a partir de mim que ele teve uma referência e todos se juntaram numa força tarefa pra faze-lo a primeira pessoa com ensino superior da sua família.
É importante destacar que eu não venho de uma família rica, eu também fui um menino pobre, preto e periférico, porém eu venho de uma família de classe média e sobretudo de uma família de educadores. Muitas professoras que valorizavam e apostavam na educação, o que me fez estudar nas escolas mais caras da minha cidade, sempre com muito sacrifício, eu convivia no meu bairro com menino como eu e na escola com pessoas de outras realidades. Ainda que eles fossem diferentes de mim em muitos aspectos, imbuído nessa realidade eu segui todo protocolo educacional, nunca tive dúvida que faria uma faculdade. O curso que eu queria não havia pública na minha cidade e minha família não teria grana pra me manter numa capital, na época eu e minha mãe entendemos que o melhor era eu fazer uma particular aqui e ela se comprometeu que daqui, até eu terminar meu ensino superior eu não precisaria trabalhar, podendo me dedicar completamente aos meus estudos, como de fato eu fiz. Meu pais dividiam a prestação da faculdade, eu morava com os meus avós que ajudavam com as minhas despesas e fui assim até o fim.
Quando entrou na faculdade pública o meu marido me incentivava a retornar a estudar, a tentar um mestrado, um doutorado, ele dizia que aquele ambiente tinha tudo a ver comigo, mas eu tinha certeza que não era pra mim. Basicamente por que desde que me formei, pra ter o mínimo eu sempre trabalhei muito. Dois, as vezes três empregos, como conseguiria suportar a rebordose de uma universidade pública? Ele terminou a faculdade dele em 2020, pandemia, tava complicado trabalhar, algum tempo depois ingressou no mestrado, muito em função da bolsa. No fim de 22 eu perdi um emprego e foi nessa deixa que ele me incentivou a tentar fazer um mestrado profissional. Ele estudou inglês comigo, me ajudou a olhar o currículo dos professores, me orientou como fazer um pré projeto... Eu passei.
De lá pra cá tem sido só pedrada, conciliar a faculdade e dois empregos em cidades diferentes, tava pesado. Meu carro velho, deu vários problemas, perdi aulas importantes, achei que perderia semestre, meu pai pagou um concerto caro uma vez, minha mãe me ajudou a trocar de carro no meio do processor. Luta... Luta atrás de luta.
Dentro da faculdade eu descobri que ele não estava errado quando achava que a faculdade não era pra ele, nem eu estava errado quando achava que não era pra mim. Não é mesmo! A universidade pública, os ensinos superiores e de pós graduação, não são feitos para pessoas de origem preta e periférica, o que faz com que nós nos mantenhamos lá é o amor de quem quer que a gente cresça. Minha mãe, meu pai, meu marido, os pais dele, meus avós, nossos amigos, sem eles seriam impossível. E é por isso que eu acredito no amor, no amor revolucionário de Paulo Freire, no amor que é tão grande, mas tão grande que rompe a barreira monstruosa do racismo estrutural e a crueldade da diferença de classe desse país. É isso que eu chamo de amor, quando eu digo todos dias "eu te amo" para o meu marido.
2.9.24
O Mestrado Profissional e a Fake News nossa de cada dia.
Quando eu resolvi entrar no mestrado profissional foi meio que nu período de recuo na minha vida. Em geral eu tenho meu tempo muito ocupado trabalhando em vários empregos, na ocasião meu marido me colocou uma pilha (ele sempre me estimulou nesse sentido, próximo post vai ser esse tema), considerando que eu teria um pouco mais de tempo.
Diferente do mestrado acadêmico o mestrado profissional não prevê bolsa (é possível, mas não é usual), não exige exclusividade, é mais voltado para o trabalho e é mais flexível, já que as aulas são ministradas pra pessoas que tem outras atividades.
Parecia ideal pra mim, com mais de 15 anos de formado sem nunca mais ter voltado a academia, no máximo fazendo um curso aqui e uma capacitação ali, a possibilidade de fazer um mestrado na UFRJ me encheu os olhos. E pra mim que venho de universidade particular, sempre pareceu distante e surreal conseguir alcançar esse espaço, mas fato é que todos os ano entra menos gente do que vaga. Essa informação me soava uma facilidade a princípio, mas a bem da verdade é que tem gente que perde no processo e nunca completar o quadro e vagas podia dizer mais de um desafio do que eu pudesse estar prevendo.
Porém não foi, segui os tramites, elaborei um projeto, olhei os professores disponíveis no site da UFRJ, observei os trabalhos deles no lates, enviei e-mail para aqueles que poderiam se interessar por aquilo que eu queria pesquisar, fui aceito por um, fiz prova de inglês, passei pela banca e voilá... Entrei!
E por que você tá falando que que o mestrado profissional é fake news, Gato? Bem... O mestrado não é, o que é efetivamente é esse papo de flexibilidade, por que veja bem.. Se você tem uma rotina de trabalho puxada e vai entrar no mestrado profissional, não se engane, você vai colocar um elefante na sua rotina. A quantidade de horas de disciplina serem cursadas são idênticas, você precisa conciliar em apertados dois anos várias horas de aula, com uma dissertação (e a grande maioria das disciplinas e trabalho não vão ter absolutamente nada a ver com sua dissertação), o professores võ exigir uma série de trabalhos de você do mesmo jeito e mais todas as suas obrigações da vida normal. Aliás eu vou além, você tem ainda mais entrega que o mestrado acadêmico (pelo menoS na UFRJ), por que além de um artigo cientifico, uma dissertação como o mestrado acadêmico faz, você ainda precisa entregar um produto. Você precisa passar por toas as bancas até a sua banca final, cumprir toda carga horária e tudo isso sem ter nenhum incentivo. Por que se hoje eu ganhasse uma bolsa eu tentaria pelo menos diminuir em um ou dois dias da semana minhas atividades abrindo mais tempo pra me dedicar, mas o mestrado profissional só restringe as suas possibilidades de ter benefício, a ralação continua igual..
Honestamente eu nem acho que a gente deveria entregar menos, talvez mais tempo fosse o suficiente, mais um ano.. Tal qual o mestrado acadêmico o profissional poderia ter que ter 360 horas de disciplina e mais todas essas entregas, mas com cumprimento em três anos em vez de dois, dessa forma você teria mais tempo pra diluir as disciplinas e ter que conciliar menos coisa ao mesmo tempo. Poderia deixar aberto pra defesa partir do segundo ano, mas ter mais um de folga pra defesa, só isso já ajudaria tanto.
Se alguém que quer fazer mestrado profissional cair nesse post eu de coração não gostaria de desestimular, com todos os problemas, o que ter um mestrado numa universidade pública te traz de reconhecimento é realmente positivo, eu amei voltar aos bancos escolares, mas recomendo que se prepare... Você vai precisar ter uma rede de apoio, sobretudo se tiver algum dependente, é importante ter algum nível de apoio da sua chefia no seu trabalho e principalmente venha preparado. Acredite, dois anos passam rápido, as vezes a gente deixa de fazer algo por considerar que é muito tempo, num estalar de dedo dois anos passam e quando você vai ver está no mesmo lugar, fazendo a mesma coisa. Fazer um mestrado é fazer algo por si mesmo, é se valorizar mesmo, vale a pena, só esteja preparado por que são dois anos de pedreira e flexibilidade de cu é rola, tem nada disso não. Fica a dica!
29.8.24
O Gato Abravanel
Eu sempre fui fã do Silvio Santos
e se falar isso há 20 anos atrás já soava engraçado ou mesmo cafona, em 2024 é
uma espécie de tragédia social. A admiração
pelo apresentador tem qualquer coisa de ancestral, meu avô sempre elogiava a
elegância, minha avó não perdia a programação um domingo se quer, minha mãe vivia
dizendo que se fosse sorteada pro show do milhão levaria todos nós e diria a
ele que mesmo que não ganhasse um centavo teria valido apena levar a família
para conhece-lo.
Eu tenho até dificuldade de
tentar identificar quando isso começou. Fui um garoto periférico, latino
americano, gay que cresceu gargalhando com personagens inusitados de uma
programação de qualidade pra lá de duvidosa, totalmente representada pela
figura do seu idealizador.
Silvio Santos foi um daqueles ídolos
que o bolsonarismo me tirou, jogou um holofote em cima e me fez ver o homem por
trás do mito. É bem verdade que desde a ditadura militar o flerte dele com
governantes totalitários ia se desenhando, mas definitivamente eu não tinha
maturidade pra compreender e cresci comprando a narrativa da TV mais alegre do
Brasil.
A partir daí passei uma vida
falando dessa admiração, contava pra todo mundo como eu adorava o jeito cafona,
o cabelo a caju tom seis pintado pelo Jassa, o microfone pendurado no pescoço,
a delicadeza de referir-se ao auditório como “minhas colegas de trabalho” e
sobretudo a capacidade de fazer parecer que o tempo não passou, de que não
interessava de qual geração você era, quando vc ligava um domingo no SBT, ou
quando via mais um remake de carrossel, ou quando via pela milésima vez uma exibição
de Maria do bairro, trilhões de vezes Chaves... Você simplesmente sentia que o
tempo não passou, ele unificava gerações.
Quando Hebe morreu fiz um dos
meus posts favoritos aqui do blog em que falava sobre a forma que as pessoas
vieram saber se eu estava bem e de como com o passar dos anos as pessoas
passaram a me identificar nesse lugar.
Em 2024 quando recebi a notícia da morte de Silvio Santos eu e tava na
estrada, viajando 1200km, um amigo me mandou um aúdio falando qualquer coisa
aleatória e no final falou “E Silvio, hein amigo? Uó”... Eu naturalmente sabia
o que tinha acontecido e hj definitivamente não seria como ontem, não só por
que o bolsonarismo me tirou ele, mas por que sim, o tempo passou. Ele segurou o
quanto pode, mas o tempo simplesmente, passou...
Num dado momento, parei em
qualquer lugar entre Brasília e BH pra almoçar e sentado numa rede na beira da
estrada abri meu instagram e tinha gente de muitas fazes da minha vida me
mandando mensagem me dizendo “eu só lembrei de você”.
Apesar de ter me caído um mito e
de ter passado a não admirar muito do que ele comunicava eu ainda sim admirava
e gostava do comunicador. Talvez a última lição que Silvio Santos tenha me
deixado foi de que as vezes existe amor, mesmo na contradição. Contra toda
lógica racional que deveria fazer com que eu realmente apenas repudiasse vem as
lembranças de noites de gargalhadas com topa tudo por dinheiro, dos domingos da
casa dos meus avós, das telesenas da minha avó... Da minha avó.
A sala que a minha criança
interior cresceu naquele dia ficou mais vazia, bem mais vazia, um silêncio absurdo,
a certeza de que o tempo passou e de que a vida nunca mais seria a mesma… Não
tem ponto de retorno, só restaram as minhas lembranças cheia da gargalhada
escrachada do gênio da comunicação e uma gratidão estranha, mas que persiste em
estar aqui.
28.8.24
#TodaBabada XVI (Alan Takahashi)
No último post falei pra vocês sobre "O Namorado", reality show da netflix com gays no Japão. Também disse que tinha um brasileiro bem gato, o Alan Takahashi. Eu nem achava ele exatamente o mais bonito, mas ele sabia ser gostoso trazendo uma mistura da malemolencia brasileira com a simpatia sorridente japonesa. O resultado é esse puta macho gostoso com esse sorrisão.
27.8.24
O Namorado
O programa estreou na netflix em 09/07 e foi disponibilizado aos poucos até meado de agosto. A dinâmica era bem simples, um grupo de oito garotos convivendo numa casa, daí eles tinham que administrar um recurso para suas despesas, além disso tinham uma van cafeteria (tipo um food truck), que todos os dias saia pra vendas com uma dupla de participantes. A dinâmica que essas duplas se formavam era sempre organizada pela produção, em geral pediam que um deles escolhesse com quem queriam ir. A produção ainda criava outras situações como pedir pra quem escrevessem cartas anônimas, verificar quem tinha interesse mutuo para fazer uma atividade a dois ou ainda criar programas coletivos com todos os participantes.
ADENDO
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Achei essa dinâmica curiosa, pq a lógica deles era de que convivendo diariamente numa rotina de trabalho as pessoas poderiam ficar mais próximas, inclusive tinha um garoto na casa que vários menino disputavam que ia quase todos os dias, fosse no Brasil nego ia ficar puto.
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O programa me pegou em cheio, é muito curioso ver gays com um comportamento tão fora daquilo que a gente já espera, por que verdade seja dita, se fosse em qualquer lugar do ocidente essa casa ia ser uma putaria sem fim e no meio dessa babilônia o sexo vem de uma forma tão agressiva que vc tem até dificuldade de observar sutilezas, nuances, pequenezas em geral... Basta assistir “De Férias com Ex”, “Geordie Shore”, “Soltos em Floripa”, “Túnel do Amor” e tantos outros que entra temporada e sai temporada parece que todos os participantes têm um mesmo comportamento serializado.
Em “O Namorado” a coisa na verdade vai no extremo oposto, na verdade em 10 episódios rolou um beijo na boca e nos poucos momentos que parecia que algo ia acontecer, não dava em nada. Um amigo até falou que eu que eu tava dando pra ser dorameiro e aí devo fazer um adendo sobre dorama e dizer que: Nunca vi e nem tenho vontade... Essa coisa de que “as histórias são fofas e prendem, uma novela moderna e blá blá blá...” Não me atrai em nada, em função da hype me bateu até uma curiosidade, mas 10 episódios de uma hora e meia pra assistir uma história de príncipe encantado com tons de modernidade, ah me poupa...
A bem da verdade é que se acho a forma que o ocidente lida com sexualidade e sobretudo como a indústria do entretenimento explora isso é problemática, também acho que no meio desse caos a gente acaba por romantizar falta de inteligência emocional e inabilidade social, pq a bem da verdade é que por trás da aparente fofura, tem muito problema e “O Namorado”, pode te provar isso.
O reality meio que acabou por ter duas tramas principais, um era com um garoto que TODAS AS PESSOAS DA VIDA QUERIAM ELE, o cara nem era tipo padrãozão, mas sim, dos oito participantes da casa pelo menos 03 ficaram vidrados neles e isso era quase 50% do elenco. Eu ficava impressionado sobre como eles não se refaziam, não buscavam outras possibilidades, ficavam todos em torno do menino e mesmo tendo outras pessoas interessadas neles ficavam num sofrimento sem fim, inclusive pelo menos duas pessoas deixaram o programa por não serem correspondidas, pelo amor de Deus... Mas o pior nem foi isso, nada, nada, nada poderia ser pior do que Shun ou Shun-Cu, como eu gosto de chamar.
Shun-Cu é um garoto que despertou o interesse de um outro (o Dai), que ficou no pé desse garoto, sendo hostilizado por ele a todo tempo, se adaptando a todos os chiliques... O menino criticava o jeito dele, teve uma crise de ciúmes por que viu um nude antigo no celular do garoto, vivia cortando ele o tempo todo, ficava fazendo uma cara de cu e distribuindo torta de climão pra casa inteira quando ele não fazia o que ele queria ou mesmo desse atenção pra outra pessoa. A máxima dele foi rejeitar ele no dia seguinte depois deles ficarem por que ele não quis usar uma blusa que ele emprestou... E sabe o que mais me espanta? NINGUÉM, ABSOLUTAMENTE NINGUÉM nem na casa e nem entre os comentaristas do programa identificavam o comportamento dele como tóxico ou mesmo problemático, agiam apenas como se fosse “o jeitinho dele”... Um puta Chernoboy mimado da porra, que age como se tivesse com o rei na barriga, mas com uma carinha fofa e um jeitinho desajeitado, sabe? Que dá vontade de cuidar... E coitado de quem cruza. Inclusive essa semana saiu uma matéria da netflix japonesa e o casal que saiu junto da casa permanece junto até hoje, Deus ajude esse anjo que é o Dai.
Apesar de tudo isso, acho que salvo o Shun-Cu os outros são bem queridos mesmo, inclusive tem um Brasileiro fofo (gaaaaaaaaato... Pra freeeeeeente... Seduzeeeeeente) e foi muito legal ver um reality gay que proporciona a gente perceber que existem outras formas de existirmos enquanto comunidade, que muito dos nossos comportamentos não estão ligados a uma natureza "X", "Y" ou "Z', mas que tudo tem a ver com a forma que nos aculturamos e que sobretudo pode ser de diferente Se eu gostaria que fosse daquele jeito? Definitivamente não, mas é importante perceber que há outra formas de fazer, ser e existir além daquelas que parece fomos condenados.
Estrela Cadente da Casa
Em resumo: Deu errado!
Poderia ter parado o post aqui,
mas continuarei!
O novo reality musical da globo
substituiu o The Voice e veio cheio de expectativas, por que seria um programa
diário, mostrando a construção dos participantes enquanto artistas e num
formato próprio, criado pela emissora. Num momento em que tudo na televisão é
comprando de um formato internacional, essa autenticidade soou bem na mídia
televisiva. Pra completar o programa ia ser apresentado por Ana Clara, ex BBB
que assumiu parte da atração desde 2019, caiu nas graças do público e que muita
gente achava que deveria substituir o Thiago Laifert quando ele anunciou que
deixaria o programa.
Expectativas no topo e uma semana
antes da estreia Boninho declara que o programa era uma alternativa comercial
pra globo que precisava de um programa nos moldes do BBB para chamar pra si a
audiência que o BBB chama no primeiro semestre. Até esse momento eu interpretei
que “nos moldes do BBB” era tipo com o mesmo apelo pro público, que engajasse
da mesma forma, que se convertesse em audiência tal qual.
Todavia, na verdade era bem mais
que isso, apesar de ser uma competição musical a dinâmica em torno das votações
envolvem muito pouco música propriamente dita, com as mesmas provas bobas que o
BBB faz qq coisa pra mostrar o nome do
patrocinador e uma dinâmica de votos por afinidade, a música fica em último lugar..
Isso é uma coisa tão absurdamente evidente no programa que o paredão é formado
no domingo, para eliminar na terça (tal qual o BBB) e apenas nas terça à noite esses
emparedados fazem uma apresentação musical para influenciar de alguma forma na
decisão do público que já vai estar votando a 48 horas. É uma sequência de equívocos
sem fim, basicamente pegaram o BBB, jogaram um violão lá dentro e tão tentando
chamar isso de reality de música.
O casting é fraco, o programa
vive cheio de falhas técnicas, as apresentações contam com uma produção
limitadíssima, a audiência não passa de 12 pontos e na última terça perdeu pro
futebol no SBT, um flope sem fim. Todavia considerando que a globo adora
persistir em formatos pra tentar enfiar goela do público abaixo, eu não duvido
que renove... Pq quem insistiu em Patrícia Poeta no Encontro e insistiu com
Rafa Kalimman pode ser acusada de qq coisa, menos de desistir fácil.
26.8.24
Limonada
Um ano depois e lá vamos nós outra vez...
Durante esse tempo eu administrei um casamento, dois
emprego, um mestrado, um quase namoro e etc etc etc...
Devo confessar que o mestrado foi
um belo de um chute no meu saco, primeiro por que entrei num mestrado
profissional acreditando que esse tinha qualquer nível de adaptação para
pessoas que estão no mercado de trabalho e adivinhem... Não tem... Não tem mesmo,
um total de zero adaptações. Você passa pelas mesmas exigências (eu diria até
que por mais exigências), do que quem recebe bolsa pra estudar e só vive disso.
Passo a vida equilibrando pratos numa rotina mega corrida, disciplinas que sou
obrigado a cursas e mais dissertação (que ficou totalmente largada de lado pq
meu orientador desde o início do ano tá com fortes problemas de transtorno de
humor e eu tô vivendo como se no início do ano que vem eu não tivesse uma banca
pra enfrentar). Eu poderia ter largado? Poderia, mas quem em sã consciência depois
de passar de primeira pra um mestrado numa universidade federal taca isso pela
janela? Não sou muito de desistir, em tese em abril de 2025 defendo e isso tá logo
lí, vou tocar pra frente, mas olha... Foda! Ainda rola uma conversa fiada na academia
de que os mestrandos do acadêmico falam que os aluno de profissionais não tem a
mesma qualidade do zzzzzzzz... Aí, gente... Vai se tratar!
No meio disso tudo o projeto que
eu trabalho abriu uma filial, era pra ser em Cabo Frio, rolou em Brasília! Quer
dizer, né? Deus esse grande troll... Por motivos de “várias coisas não estavam
contempladas”, volta e meia tenho que ir pra BSB de carro, papo de 1200km,
dirigindo... Ainda nesse interim de tempo acabei sofrendo pressões pra morar na
mesma cidade de execução do projeto (que é minha cidade natal) muito contra a
minha vontade, vim.
Nesse momento você já deve está
se perguntando: o que diabos o gato veio
escrever nesse blog que volta e meia ele tenta reativar e chuta o balde por
falta de tempo? Pois bem... Venho sofrendo várias pressões para me manifestar
nas redes sociais em prol do político que apadrinha o projeto que trabalho, um
cara que eu até tenho gratidão pela oportunidade profissional que me dá, mas não
tenho nenhum alinhamento político e ideológico e pra evitar a fadiga encostei
meu instagram. Provavelmente vou ficar um pouco mais no twitter, ver mais
alguns vídeos no tik tok, mas a bem da verdade é que meu tempo de “nadismo” nas
redes sociais é real do intagram e sem ele, quem saaabe... Talveeeez... Seja a
hora deu conseguir dar esse gás a esse projeto aqui que sempre tô tentando reacender.
É tentar fazer desse limão, uma bela de uma limonada.