Papeando ontem com uma amiga fui surpreendido com a seguinte pergunta: “Qual é o seu tipo???”.
Não que se trate de uma pergunta excepcional, mas me surpreendeu um pouco, vim de quem veio. Lembrei-me, que assim que fiz o blog pensei em fazer uma postagem falando sobre príncipe encantado, mas logo desisti por achar o assunto muito batido. Parece já estar mais do que claro, pelo menos racionalmente, para as pessoas que príncipe não existe e fui desencorajado por essa amiga que concordou com minha especulação. Ela é inteligente, cabeça aberta, sempre discutindo sobre relações com opiniões concisas, e bem elaboradas. E ontem, pensando sobre a pergunta e sua autora vi o quanto fui tolo em deixar de falar, por que assim como imaginei na época e afirmei no inicio desse texto o conhecimento de que o príncipe encantado não existe, só acontece no campo do racional, mas é uma discussão sempre necessária e pertinente para que não caiamos nos encantos de um ideal sedutor sem se quer perceber.
Nunca é demais afirmar que o homem ideal não existe, que como o próprio nome diz, se trata de uma idealização. Quando pensamos em um homem ideal não imaginamos alguém que seja bonito, fiel, inteligente e egoísta. O homem ideal não tem defeitos... Mas é natural que o busquemos mesmo sem perceber. A todo momento somos bombardeados pelas novelas, livros, filmes, artes de uma forma geral com a idéia de um amor perfeito e quem não há de querer um Jamal (personagem principal de “Quem quer ser um Milionário?”) na vida???
Porém na hora de pensar neste homem acho que falta pensarmos em algo fundamental no processo em que o “se apaixonar” acontece, que somos nós mesmos. Alguém para pra pensa o quanto está de fato preparado para o homem que se deseja??? Será que todo mundo que espera um grande amor com uma entriga visceral, fidelidade, cumplicidade entre outras coisas, tem isso pra poder doar??? Não adianta ser um vassalo e desejar um nobre. Aristóteles dizia que uma de nossas obrigações em ser boas pessoas, é por que dessa maneira atraímos pra perto de nós iguais. Se quiser alguém melhor, comece sendo você alguém melhor. Além disso, nesses processos de envolvimento e manutenção de relações, creio que mais determinante do que aquilo que desejamos é o momento que nós estamos, nossas carências, nossa necessidade de segurança, nossos fantasmas. Às vezes seu homem ideal é alto, loiro e forte e você se apaixona por um baixinho, gordinho e careca que diz exatamente o que você precisa ouvir naquele momento.
Lembrei de uma conversa que tive uma vez com uma amiga onde ela dizia que um homem de pau grande e xucro pode em algum momento se tornar culto e ficar excelente. Na contrapartida eu dizia que a coisa não é tão simples assim, não que ela esteja errada na consideração da possibilidade, porém se formos pensarmos proporcionalmente, as coisas são bem mais complicadas, de repente é mais fácil esse homem que não é nenhum cavalo, ter compensações primorosas e te satisfazer do que Ronaldinho se tornar um Lord, como já pudemos perceber.
Neste dia, quando cheguei a casa pensando sobre a discussão lembrei que essa amiga levou 10 anos numa relação com um homem que é um xucro e, segundo ela, tem um dote normal, além de fino. Ele era um homem grosso, medíocre, pobre de espírito, que sempre puxou ela pra baixo, que a coibia de tudo e no entanto ela levou dez anos dentro dessa relação, que até hj n consegue dizer exatamente o por que disso. Por outro lado, eu, sempre tive “irc” de pessoas ignorantes, gosto de gente inteligente, porém a inteligência que admiro sempre foi uma inteligência engajada, critica, questionadora, e é exatamente o oposto do meu “ex”, que é a propria barsa. Ele sabe todas as capitais, moedas, historia, matemática, literatura, cinema etc etc etc, mas sua capacidade critica a cerca de tal conhecimento é absolutamente limitada.
Moral da historia, estávamos os dois discutindo a cerca de padrões que não foram tão determinantes na escolha de nossos namoros mais significativos. A manutenção de uma relação vai muito além desta lógica racional que define traços, mais importante do que olhar pra fora e definir um padrão é olhar pra dentro e tentar melhor se administrar.
Aloha, Gato!!!
ResponderExcluirMuito bom!
Te confesso que tenho tb esse assunto em pauta já faz tempo. Esse lance do príncipe, ou melhor, o mito do príncipe é algo extremamente perigoso. E tb é assunto de muitas variáveis. Eu por exemplo, tenho um tipo que me agrada mais, mas nem por isso aceito restringir as pessoas - e minha percepção - a esse "tipo". Preferencias todos têm. Acho salutar. O perigo tomar esse mito como verdade absoluta.
Idealizar demais as coisas - e as pessoas - é uma das melhores receitas para quebrar a cara! Mas falaremos mais sobre esse tema ainda, acredito!
Hugzzzzzzzzzzz!
Adorei a img do principe. Tanto que copiei. Hehehe!!!
Pois é... É que nem toda aquela discussão sobre estereótipos levantada pelo caso Susan Boyle. Entretanto, nada me tira da cabeça de que essas idéias "pré-concebidas" são importantes. Se não associássemos "abelha" a "picada", provavelmente tocaríamos em mais abelhas e seríamos picados com mais frequência.
ResponderExcluirO mesmo acontece com o "tipo". Sabemos aquilo que procuramos ou que nos atrai e buscamos esses padrões de reconhecimento em outras pessoas. Só acho importante não deixar que o "desejável, ideal", se torne o único real possível. Afinal de contas, além de picar, abelhas podem dar mel...
Hummm Meninos, precisei vir registrar que estou adorando os comentarios...
ResponderExcluirAi hahahahahahaha primeiramente. Obrigado pelo ¨elogio¨ahahahahahah não pode ficar falando essas coisas. Sou leonino, e leonino de ego inflado é uma merda. ahahahaahahah Zuera, pode elogiar mais um pouco kkkkkkkkkkkkkk.
ResponderExcluirAi referente ao seu post, putz já acordei pra vida e vi que não existe principe encantado há muitos anos. Mas... o que rola é que a maioria das pessoas ainda acreditam nisso, por isso nenhum relacionamento dura mais. No primeiro defeito que você conhece do parceiro (a) a relação vai por água a baixo. Todos nós precisamos abaixar nosso bloqueio e aceitar mais as pessoas. Amar mais.
Acho isso.
Beijus pra vc.
Mandou bem no tema! Mas... Assim, o principe mesmo não existe! Se todos fossem perfeitos para nós, que diferenças iriamos ter? Como iriamos aprender a lidar com tais diferenças? De que esse relacionamento iria nos acrescentar? (não vim para responder, e sim para causar mais duvidas, rs)
ResponderExcluirAbraçao