A seta e o alvo.

Tempo???

Tenho pouco!!!!

Desabafar????

Preciso muito!!!

O resultado será um texto corrido, porém necessário...

Eu adoraria que a vida fosse como uma novela quando o assunto é “armações maquiavélicas”. Sabe aquela coisa perfeitamente orquestrada aonde tudo vai sendo facilmente manipulado a favor do vilão??? No mundo real a coisa costuma ser diferente... Um exemplo bobo:

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Novela:

O vilão toca a campainha, é bem recebido pela sua vítima (eles se conhecem), ele do nada propõe que eles bebam algo pra esquentar, o cara aceita... Ele tem a oportunidade perfeita, coloca algo na bebida. Nesse meio tempo a prima que é a fim dele chega, tira toda sua roupa e deita com ele na cama. O vilão faz uma ligação anônima pra mocinha e manda ela ir pra casa dele urgente. Ao chegar ela se depara com a cena, sai correndo e chorando certa de que nossa vítima é um monstro.

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Vida real:

O cara não atende pk n tah com vontade, fica em baixo do edredon terminando de ver a última temporada de super natural.. Ou se atende não aceita beber, ou se aceita beber não deixa o vilão sozinho hora nenhuma... Se der certo até esse ponto a prima desiste de última hora e chora arrependida. Se der certo até esse outro ponto a mocinha esqueceu o celular em casa e tah tomando chopp com as amigas.. Se atendeu ao chegar da uma coça na prima que acaba confessando... Se n confessar, na hora que ela for da uma surra no cara vai ver q ele tah drogado.

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Enfim... Tem muita coisa pra dar errada... Na vida real às vezes vc da um tiro na cabeça de alguém e n mata... Às vezes gesticulando com uma caneta bic fura uma artéria e mata o sujeito de hemorragia.

Por que to falando isso??? Dois fatos em menos de 24 horas...

O primeiro foi à consagração da família de Deus no altar (se n sabe do que se trata leia aqui)... Eu Armei tudo.. Coloquei uma blusa de São Jorge com a lança no dragão por baixo de uma jaqueta de couro preta, pra na hora tirá-la e subir com a família no altar. Levei meu smart disposto a ficar propositalmente em todo culto conectado na net.. E fui....

Chegando na hora fikei com a cara no smart o tempo todo... Papai n falou nada... Tirei a jaqueta, subi no altar.. O pastor orou, orou, orou... Desci... Fui lá pra fora fiquei no telefone propositalmente. O culto acabou e nós voltamos pra casa falando amenidades, PONTO.

Não contei com o fator “se fazer de doido” que faz parte da personalidade do meu pai, ele se faz de doido pra tudo o tempo todo e assim não enfrenta absolutamente nada. Alguns diálogos que provam isso:

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Minha irmã – Papai eu e o gato estamos só com dinheiro no banco e já fecharam os caixas eletrônicos, se a gente precisar de algum emprestado, vc pode emprestar amanha te pagamos?

Papai – Que Dinheiro???

Eu – Euro... Libra... Dolar Senegalês.

Eu – Papi, agora que irmã tah dirigindo deixa o carro livre pra gente sair hoje a noite.

Papai – Oi???

Minha Irmã – O carro papai

Papai – Hun???

Então, é lógico que nada disso tocou ele.. Dããã... No altar ficaram abraçados, ele, a mulher dele, o filho dela e meu irmão... Eu e minha irmã ficamos um passo ao lado.. Claramente separados... Olhando as fotos em casa comentei assim:

“As fotos ficaram muito boas, bem reais...”

*ele ficou olhando quieto, pensativo... Coçou o queixo e disse:

“É que a máquina é semi-profissional”

E ai eu fui dormir com cara de “Ah, é?”... Sem causar nada, não ter feito doer nem um dente de ng.... Ok.. O Dia amanhece e eu estou belo e faceiro no meu trabalho, quando um amigo liga... Que amigo????

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Lembra do post “amor em 3D” (se não leu veja aqui)... Na ocasião me senti mal por ter feito algo falando sobre os dois sem que eles soubessem. Ambos sabem do meu blog, mas nenhum dos dois freqüentam. Fiquei pensando que ainda que a chance de que acabassem lendo fosse de 0,00001%, caso isso acontecesse me sentiria muito constrangido. Então mostrei pra ele, primeiro... O gajo dramou um pouquinho, disse que fiz dele um filho da puta, mas gostou e não se incomodou.

Ela eu mostrei após termos dado uma volta e eu aconselhado para que abaixasse as armas e parace de dar murro em ponta de faca, pagando paixão no FB, inflando ainda mais o ego do rapaz. Após um encontro tudo se conclui com o texto. Lendo sua historia de fora acho que conseguiu resignificar as coisas e acalmar um pouco seu coração. O cessar fogo proposto aconteceu e todos seguiram.

Ela desde aquela ocasião falou sobre seu desejo de publicar no FB, eu achei melhor não pra não parecer mais uma provocação.. Mas a poeira devidamente assentada, época de dia dos namorado, ela vendo e revendo o “Eduardo e Mônica” da vivo por ai, resolveu botar sua historinha tb. Juro que foi assim que avaliei, não vi nada demais. Mas eleeeee...

Espumava do outro lado da linha, se sentindo exposto, puto de ver seu nome em boca de Matilde. Eu como autor me senti mal e responsável de alguma forma, então me ofereci para ligar e pedir para que ela tirasse do ar.

Se até então a única intenção da doce mocinha era ter sua historia bonitinha retratada sem citar nomes, ela descobriu o potencial do texto enquanto uma arma na rede social para alertar novas possíveis vítimas. E cheia de vontade falou:

É minha historia, também tenho direito, se ele não gostou manda ligar pra mim.

E eu com esse sentimento de “não era pra fazer justiça, queria só fazer catarse”... Mas saiu pela culatra. Se eu fosse igual meu pai atenderia a ligação dele e falaria:

“Texto??? FB???Hun???O sinal.. Oi??? Tah truim.. O túnel.. tun tun tun tun”

Como não sou fico assim, incomodado, me comendo de culpa... To começando a concordar que eu esquento demais... Sei lá.. Só queria que as coisas dessem o efeito premeditado, é pedir demais???