2.3.13

Finalmente.. Oscar 2013 - Comentários Finais




Demorei, eu sei... Foi toda essa coisa de hospital que me atrapalhou absurdamente, n consegui nem ver todos os filmes a tempo, na verdade ainda faltam alguns, mas antes de ontem fechei pelo menos a categoria melhor filme. Dos mais badaladões talvez o único que não tenha visto é O Mestre, mas vou fazer o post assim mesmo, qq coisa faço alguma ressalva sobre o filme depois. 

Em termos gerais devo dizer que gostei do Oscar, torcia pras Aventuras de Pi levar... Ele não levou o de melhor filme, mas foi quem mais levou recebendo a estatueta em 4 categorias sendo uma delas a de diretor, acho que o Ang Lee realmente merecia.

Mais contente ainda fiquei por Licoln n ter levado, por que de fato não merecia.. Puta filme chato que não se aprofunda em nada que realmente poderia ser pertinente.... Não tem discussão sobre escravidão, muito pouco da vida do próprio Lincoln.... Nada, nada, nada além de Lobby político... Duas horas e meia perdida na minha vida. Além disso, todo fogo da imprensa e público americano em cima do filme diz muito de um patriotismo que por vezes excede. Premiar uma obra só por ela ser patriótica, deixando outras de melhor qualidade seria um desses excessos.  Ele levou o  de melhor ator, n vi ainda O Mestre, que é onde havia a atuação que disputava mais diretamente com Daniel Day Lewis, mas reconheço que foi um bom trabalho e também sei que a acadêmia ama uma super caraterização.  O filme tb levou direção de arte, o que é muito comum em filme de época... E tá muito bom pra ele. Spielberg tem que entender que a gente ama sua genialidade, mas tem de ser dentro do estilo que o consagrou. Quero ve-lo de novo com toda fantasia que vi em filmes como o Homem Bicentenário, ET, Jurassic Park, AI e etc... Filmes épicos, históricos... A gente reconhece ele ai e adora isso, agora Cavalo de Guerra e Lincoln.. Tudo bosta!!!

O Lado Bom da Vida é o filme pipoca desse ano... Gostosinho, sabe??? Como "Os Descendentes",  "Amor Sem Escalas", "O Diabo Veste Prada"... Filmes leves, com personagens carismáticos, que curtimos ver, mas... Não da, sabe??? Não da pra poder concorrer com um "Aventuras de Pi" da vida ou com qq filme com teor dramático muito forte. Por que, por mais delicinha que seja é complicado sublimar toda densidade dos outros e fazer uma aposta na leveza de um bom sessão da tarde.

Amor e Indomável Sonhadora são fantásticos... Principalmente o segundo. Já havia dito aqui antes que o roteiro e atuações de Amor arrebata qq um, mas achei um filme mal conduzido. Cenas longas, desnecessária, grandes buracos de silêncio, falta de uma boa trilha são marcas que me fazem pensar que ele talvez seria muito melhor se fosse mais bem dirigido e principalmente mais bem editado... Podia durar uma hora e meia, passar a mesma msg e ser mais dinâmico. Indomável Sonhadora é muito bom, cheio de novos talentos chegando tanto na direção qto na atuação, mas realmente ainda não era um filme pra ganhar.

Django Livre é Tarantino e eu sou super-suspeito pra falar. Qdo vi Bastardo Inglórios falei que foi a  melhor coisa que vi do Tarantino e que isso n significava muito por que nunca tinha gostado de nada dele antes. Django é ainda melhor que Bastardos, mas continuo achando que colocando na balança a boa história e seus excessos que preciso sublimar, saio no prejuízo... Qdo ganhou o Oscar pelo roteiro disse que suas obras são marcados pelos personagens que cria e concordo com ele, é perito nisso... Em Bastardos Inglórios fazia cenas de diálogos enorme com Christofe Walts, mas o personagem era tão incrível e conseguia prender o expectador de uma tal forma que não se ouvia um barulho de pipoca no cinema enqto o cara estava falando. Em Django Tarantino consegue me tocar como uma obra deve fazer com o seu expectador qdo o personagem do Samuel L Jhackson entra na parada... Irritante até a última gota. Todavia, independente dos excessos existentes na maneira que a historia é contada o próprio roteiro abusa da surrealidade. Em Bastardos Inglórios Tarantino faz um grupo de judeus que ataca nazistas na segunda guerra, em Django um escravo livre que mata brancos como caçador de recompensa num Estados Unidos escravista. Ouvi dizer uma vez que ele pensava em convidar Lady Gaga pra fazer um de seus filmes, podem me chamar pra ver a travesti que espanca hetero na noite, de repente curto mais. 

Os Miseráveis me surpreendeu duas vezes... Primeiro positivamente, depois negativamente.  Não curto musical, amo músicas de musicais, mas não gosto dos filmes em si.. São poucos que de fato gosto. Qdo soube que além das músicas todos os diálogos seriam cantados fiquei com os dois pés atrás.. Enrolei, demorei, atrasei pra ver as duas horas e quarenta e sete de swing. Não sei se é por que vi em duas prestações (precisei parar no meio), mas a estrutura não chegou a ser um dilema pra mim.. Vi de boa... Já o roteiro... Os Miseráveis é adaptado da clássica obra obra do escritor Vitor Hugo e tem como pano de fundo a revolução francesa.. Ou seja.. A crítica já começaria falando muito bem. Eu não sei dizer se as críticas que observei estão presentes na obra ou a adaptação que foi mal feita, mas sinceramente achei tudo muito cafona. O personagem principal vivido pelo Hugh Jhackman tem toda uma pegada filosófica  de um cara que come o pão que o diabo amassou, deixa de acreditar no ser humano e depois por um ato de benevolência se torna um humanista de marca maior, mas sinceramente só tive essa percepção por que li sobre a obra antes de ver o filme, do contrário acho que não faria essa leitura. Na segunda metade do filme a menina que ele adota, Cosette, se apaixona pelo mocinho de uma forma absolutamente ridícula.. Se veem uma vez na rua e ficam perdidamente apaixonados... Surge um triangulo amoroso pk outra garota gosta do cara e todo mundo morre de amores e arrisca a vida por gente que mal conhece. A coisa da revolução francesa no filme de fato é um pano de fundo, o romance cafona entre os personagens se destaca bem mais que a revolução. A cena que garantiu o Oscar de melhor atriz coadjuvante a Anne Hathaway é a que ela canta "I dreamed a dream". que todos esperavam muito... Na cena após ter sido demitida demitida, ter que vender os cabelos, os dentes, se prostituir pra cuidar da filha, tá quase morrendo, chora de uma forma tão pesada que eu desisti de fazer o download da versão pk tá cheia de fungada e muito, mas muuuito drama. Ruben Ewald Filho criticou de Jessica Chastein e diz que a cena que todos elogiaram e lhe garantiu o globo era melodramática demais e a mulher derrama uma lágrima, no entanto torceu pra Anne que olha.. Se aquilo não é melodramático demais eu nem sei... E olha que eu amo um melodrama, mas foi como disse... Uma adaptação de Victor Hugo... Quem falaria mal??? Nego rasga Gloria Perez por que na Turquia todo mundo fala português  mas a revolução francesa toda em inglês dos miseráveis nego nem cita. 

Por último deixei pra falar de Argo, Pi e A Hora Mais Escura... Acho que não tenho muito o que falar sobre Pi, me limito a dizer que era o meu favorito, que mais emocionou, que mais me disse algo... Um filme brilhante, acho que a última vez que fiquei assim com um filme foi com "Quem quer ser um Milionário?". Duas historias com um indiano no centro... Conscidencia??? Não.. Acho que já falei aqui mais de uma vez que inocência é algo que me toca, historias inocentes me tocam muitíssimo... A fé dos Indianos talvez me cria essa sensação de inocência, talvez nesse caso o inocente seja eu... De qq maneira fui pessoalmente tocado pela historia pk ela mexe em algo que é meu.

A Hora Mais Escura n mexe em nada que é meu, mas eu adoraria vê-lo vencer. Não gostei de Katherine Bigelow ter levado com "Guerra ao Terror", mas gostaria de vê la ganhar aqui. O filme que mostra a perseguição da casa branca ao Bin Laden até sua morte. Ele veio pras telas após um trabalho de pesquisa cuidadoso. A crítica não gostou da maneira que ele trata da tortura, sem discussão alguma. A personagem principal participa das torturas e de fato é a heroína  vc torce por ela. O lance é que a maneira acrítica que tortura é passada não tem a ver com Katherine Bigelow e sim com a forma com que o governo americano agiu e age qdo julga necessário. No globo de Ouro Bill Clinton foi falar sobre Lincoln, a acadêmia então convida Michele Obama para anunciar o melhor filme. Gostaria que a academia convidasse Bush para falar de "A Hora Mais Escura"... Adoraria ver esse patriotismo critico por parte dos americanos, um patriotismo que confronta seus líderes, seu métodos. Todavia não é assim, é cego... Lincoln concorreu a tudo isso pk o patriotismo é cego, arriscaria até dizer que Argo ganhou pelo mesmo motivo.

Argo fala sobre um herói americano que levou mais de vinte anos pra ser reconhecido como tal, conta sobre a maneira que ele salva seis diplomatas americanos no Teerã que estavam encurralados por seu patriotismo. Fala sobre a maneira que Holywood foi o álibi perfeito pra esse herói. Claro que Argo tb toca no nacionalismo americano, mas eu seria injusto se dissesse que tal como Lincoln, ele só ganharia em função disso. O filme te prende, é intrigante e acima de tudo bem cuidado. Ben Afckler fez as cenas com um zoom em n sei quantas vezes para que as imagens ficassem distorcidas, parecendo que a película é da década de 70 mesmo, além da caracterização que tb te transporta pro período em que a história se passa. Tem merito??? Sim... merecia ganhar??? Na minha opinião tinha coisa melhor e principalmente, mais marcante... Mesmo com Oscar de Melhor filme vai ser um filme a ser esquecido, mas pelo menos menos foi menos injusto do que se fosse Lincoln. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário